Após pressão, metalúrgicos conquistam reajuste de 10,42% na bancada patronal do G2 em parcela única
A mobilização da categoria funcionou e fez com que os sindicatos patronais que representam o Grupo 2 revissem sua proposta de parcelamento do INPC. Nesta semana, a bancada apresentou reajuste salarial de 10,42% em parcela única, retroativo a 1º de setembro, além da renovação das cláusulas sociais por um ano.
A mudança de postura do G2 só veio por conta da unidade da categoria, que aprovou entrega do aviso de greve, em assembleia realizada na última sexta-feira, 24. A bancada havia proposto, durante as negociações com a FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), parcelamento do INPC em três vezes. Na terça-feira, os patrões pediram uma trégua e não chagaram a receber o aviso.
“Esse foi o grupo mais abusado e a proposta foi rejeitada na mesa. Eles entenderam o recado dos trabalhadores que lotaram a assembleia e deixaram claro que não iriam aceitar nenhum tipo de parcelamento. Essa é mais uma vitória da nossa categoria, que demonstra a importância da luta e da unidade”, ressaltou o secretário-geral da Federação, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max.
“Vimos na assembleia em Diadema o fruto do que foi construído nessa Campanha Salarial. Fizemos as mobilizações nas empresas, conversamos com os companheiros, e o trabalhador percebeu a importância de participar da luta. Ele sabe que o patrão ganhou dinheiro, que no G2 não quiseram parar quando veio a segunda onda da Covid, e na hora de dar o aumento quiseram dar em três vezes. A pressão da nossa base mostrou que temos força e não vamos aceitar qualquer coisa”, reforçou o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.
O Grupo 2 é composto por dois sindicatos patronais, o Sindimaq e o Sinaees (máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos), e abrange quase 13 mil metalúrgicos na base do ABC.