Com Arocs, Mercedes quer 50% do mercado fora-de-estrada
Para conquistar clientes fabricante promete mais produtividade e menos manutenções com metade das paradas da concorrência
O projeto do Arocs, o mais novo e mais caro caminhão Mercedes-Benz que começou a ser produzido este mês no Brasil, embute uma estratégia traçada para garantir menos interrupções do trabalho para manutenção e maior produtividade, fator fundamental para o tipo de operação para o qual ele foi desenvolvido: mineração e construção pesada.
Com a promessa de precisar fazer cerca de metade das paradas programadas do principal concorrente (a Scania), a fabricante espera conquistar perto de 50% das vendas do mercado fora-de-estrada em 2022, estimado em mil unidades. Os primeiros Arocs produzidos em São Bernardo do Campo (SP) já foram faturados e seguiram para receber básculas que podem carregar até 40 toneladas de carga líquida em situações adversas e terrenos acidentados.
O Arocs é um projeto global desenvolvido pela Mercedes-Benz na Alemanha e lançado na Europa em 2015. No Brasil, a equipe de engenharia trabalhou cerca de dois anos para adaptar o caminhão às características exigidas pelos clientes no País – principalmente as grandes mineradoras de ferro – e desenvolver fornecedores nacionais para a maioria de seus 4,8 mil componentes.
A Mercedes não divulga o índice de nacionalização do Arocs, mas garante que é alto e por isso o caminhão tem os porcentuais mínimos de componentes nacionais em peso e valor para ser financiado pela linha Finame do BNDES. Todo o projeto do Arocs foi pensado para reduzir ao máximo o risco de danos e as interrupções da operação para manutenções ou reparações.
Do Automotive Business