2022: Um ano decisivo para os rumos da nação brasileira

O primeiro deles foi acabar com o regime de escravidão que perdurou por 66 anos, o que já diz muito sobre a natureza excludente da jovem nação brasileira.

 O segundo desafio foi instaurar um regime republicano inspirado nos valores da soberania popular como base para a República. Numa breve passagem pela nossa história republicana, percebemos que esse ideal foi frequentemente transgredido por períodos autoritários, como no Estado Novo (1937-1945) e na Ditadura Militar (1964-1989). Mesmo nos intervalos, ditos democráticos, a proibição do voto para mulheres até 1932 e para analfabetos até 1985, excluiu o direito ao voto de parte significativa da população brasileira. A primeira eleição presidencial no Brasil com a participação dos eleitores analfabetos foi em 1989, um século depois da Proclamação da República.    

A democracia brasileira foi duramente atingida em 2016 com o golpe contra a presidenta Dilma e em 2018 com a vitória do atual governo de forte perfil autoritário, o que só foi possível graças à farsa da operação “Lava Jato”, que teve como propósito principal excluir da disputa presidencial o candidato Lula, favorito nas pesquisas de opinião. Esses foram os recursos mobilizados pelos donos do poder político e econômico para impor uma agenda econômica neoliberal redirecionando o papel do Estado para os interesses do mercado financeiro.

Neste ano teremos eleições presidenciais e parlamentares. Poderemos retomar o caminho do crescimento econômico com justiça social, valorização do trabalho e do meio ambiente em que o Estado estará a serviço da maioria, especialmente da população mais vulnerável. Mais do que nunca é fundamental entendermos o que está em jogo para o povo e para a nação brasileira a partir dos resultados das eleições de outubro próximo.

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