FEM/CUT comemora 30 anos de conquista de direitos e articulação dos metalúrgicos no estado de SP

Evento virtual transmitido hoje reúne aqueles que contribuíram ao longo dessa história de lutas

A FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), celebra hoje três décadas de existência em defesa dos direitos da categoria. Para marcar a data, e destacar a importância daqueles que contribuíram ao longo desse período, será realizada uma atividade online com integrantes da direção atual, ex-presidentes e dirigentes da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT). O evento será transmitido, a partir das 9h, pela página facebook.com/femcutsp.

Foto: Adonis Guerra/SMABC

O presidente da FEM/CUT, Erick Silva, lembra que esses 30 anos foram conturbados e que nunca houve um período de grande estabilidade. “Em 1992 a inflação estava descontrolada, em 1994 veio o Plano Real, depois passamos por um período de neoliberalismo com privatizações, em seguida, um processo de desindustrialização com empresas automobilísticas sendo vendidas para o capital internacional. Tivemos um momento de crescimento nos governos do PT e a mudança da legislação com a Federação sendo reconhecida em 2005”.

“Hoje a FEM/CUT tem como papel fundamental a articulação sindical e política desses 13 sindicatos tão potentes em São Paulo. E neste ano tão simbólico, os metalúrgicos no estado estão muito envolvidos com o processo de redemocratização do nosso país, de reconstrução dos direitos previdenciários, trabalhistas, na reconstrução do país e da dignidade do povo brasileiro”, finalizou o presidente.

Mudar a realidade

Foto: Adonis Guerra/SMABC

O secretário-geral da FEM/CUT, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, destacou que as comemorações virão ao longo do ano com cada vitória da categoria.  “A Federação completa 30 anos no momento em que o governo tenta, de todas as formas, diminuir o papel e tirar protagonismo dos sindicatos. A comemoração se dará em cada frente que a Federação estiver para mudar essa realidade de retirada de direitos, cada vitória será motivo para comemorar”.

Max reforçou que durante todo esse período, a Federação cumpriu o papel de articular os sindicatos no estado de São Paulo, fortalecendo as negociações, principalmente durante as campanhas salariais, carro-chefe da entidade.

Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão – ex-presidente

Foto: Adonis Guerra/SMABC

“Parabéns pelos 30 anos da nossa Federação. Tive a honra de presidir durante um período e sei da importância dessa instituição para os trabalhadores. É ela que promove a igualde de benefícios e condições, corrigindo discrepâncias entre as regiões. A Federação é um instrumento que deve ser utilizado pelo trabalhador durante todo tempo. Através do seu poder de organização, consegue equalizar para melhor a situação de cada sindicato, o que é primordial nesses dias de individualismo, ter um instrumento para trazer o equilíbrio e deixar as condições mais justas”.

História – Com informações do CEMPI

A FEM/CUT foi criada em 16 de fevereiro de 1992, durante o 1º Congresso da CUT São Paulo, e marcou um rompimento com a estrutura sindical oficial, que não atendia os interesses dos metalúrgicos do Estado. No mês seguinte, o Congresso da CUT Nacional aprovou a criação da Confederação Nacional da categoria, também buscando uma representação independente e autônoma.

A criação da FEM consolidava a organização dos metalúrgicos em São Paulo, resultado de um acúmulo de forças que vinha desde a fundação da CUT Nacional, em 1983. Com a FEM e não mais atrelados à federação oficial, os metalúrgicos tiveram condições para fazer valer seu poder de mobilização e lutar por avanços. Além de negociar, a FEM passou a elaborar políticas comuns para a categoria.