CUT lança hoje Comitês de Luta em defesa da classe trabalhadora

Os comitês, que podem ser criados no local de trabalho, no bairro, na igreja, nas comunidades, nos sindicatos, servirão para responder à crise pela qual o Brasil passa

Hoje, às 17h, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, lança os “Comitês de Luta em Defesa da Classe Trabalhadora, pela Vida e Democracia” em live com transmissão nas redes sociais do Sindicato, da CUT e da Rede TVT. A atividade virtual contará com participação da Secretária-Geral Nacional da CUT, Carmen Foro, e do secretário nacional de Comunicação, Roni Barbosa.

Segundo Sérgio, os comitês servirão para responder à crise pela qual passa o Brasil. “A ideia é criar seis mil comitês que podem ser no local de trabalho, no bairro, na igreja, nas comunidades, nos sindicatos. O grande papel é primeiro debater com os trabalhadores, se for no local de trabalho, que o Brasil está andando para trás, que a economia não cresce, que as empresas estão fechando. Se continuar assim, o desemprego, a fome e a miséria vão chegar para quem menos espera. Para mudar isso é preciso lutar e ser solidário com quem já está nessa situação”.

 Novo Rumo

O presidente destacou que o país precisa mudar de rumo e para isso é necessário eleger um presidente que tenha compromisso com a classe trabalhadora. Porém lembrou que o novo mandatário assume só em janeiro e questionou como a população mais carente viverá até lá.

“Como a pessoa que está desempregada passando fome vai sobreviver? O problema dela é amanhã. Temos que ser solidários agora. A luta é de todos nós”.

 Foco no coletivo

O dirigente citou o caso do trabalhador imigrante congolês, Moïse, assassinado na Tijuca (RJ), para exemplificar que o individualismo e a indiferença estão acabando com o Brasil.

“O país está na situação que está por conta da indiferença, do individualismo, do ódio. Foi isso que alimentou o bolsonarismo que vem destruindo o Brasil. A saída é o contrário, o Brasil não é assim, temos que fortalecer a solidariedade, a organização. A saída é coletiva, não é individual; é o companheirismo, não o individualismo; é a compaixão, não a indiferença. Essas atitudes solidárias sempre foram marcas da classe trabalhadora. Esse será o principal trabalho dos comitês”. 

Sérgio Nobre acrescentou que a tarefa histórica da CUT de defender a classe trabalhadora implica organização e luta para romper com esse ciclo nefasto de desemprego, perda de direitos, trabalho precário, empobrecimento da população, fome, carestia, venda de estatais, desinformação, negação da ciência, propagação de ódio e preconceito.

“O país precisa retomar o caminho de um projeto de reconstrução nacional e crescimento sustentável que valorize a vida, a democracia, a soberania e promova direitos e desenvolvimento com igualdade e justiça social”, completou.

Ampla organização de base

A CUT, em aliança com o movimento popular, se prepara para um 2022 de solidariedade, escuta, diálogo, organização e luta. Os Comitês se constituirão nesse espaço para servir a todas as pessoas dispostas a lutar e contribuir para melhorar a vida do povo brasileiro, por meio de um amplo movimento social de trabalho e organização de base.