Metalúrgicos do ABC participam de seminário para diagnosticar os desafios econômicos da região

O encontro realizado na manhã de ontem, 22, que integra o programa ‘Avança ABC’, na Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, deu continuidade à reunião realizada na última semana com o governo do estado para discutir a retomada econômica da região.

Foto: Adonis Guerra

O evento dessa terça-feira serviu para diagnosticar a cadeia produtiva do ABC, traçando um panorama da situação atual e dos principais desafios. Participaram dirigentes sindicais, representantes do poder público, de universidades e da iniciativa privada.

O diretor executivo do Sindicato, presidente da Agência e da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a importância do levantamento. “Com o diagnóstico, podemos escutar as mais diversas posições, problemas e desafios que apontam qual rumo temos que seguir. Também conseguiremos conectar de uma forma transversal todos os setores, como o poder público, sindicatos, universidades e o setor privado”.

“A indústria é o cerne do debate, é o pilar mais importante, ainda mais olhando a região, já que o ABC é a segunda região com mais empregos industriais do Brasil, só fica atrás da cidade de São Paulo. Mas além de pensar na recuperação da indústria, precisamos pensar quais serão os desdobramentos dos outros setores econômicos da região, como comércio e serviço”, completou.

O dirigente acrescentou que o setor de serviços ganhou muita relevância no último período e que essa área precisa de um olhar especial, assim como a área de inovação. “No centro do debate tem que estar a inovação, do contrário, não vamos conseguir fazer com que o ABC tenha novamente a pujança do passado”.

Plano Industrial

O deputado estadual Teonílio Barba do PT de São Paulo, reforçou que o país precisa de um projeto para fortalecer a indústria nacional. “O desafio mais importante é discutir um plano de como fortalecer a indústria no Brasil, o estado de São Paulo tem um plano para discutir indústria e o Brasil não tem. Precisamos começar a discutir um plano industrial, um país com quase 220 milhões de habitantes não pode ter as indústrias do país representando menos de 14% do PIB nacional, nenhum país do mundo com essa população vai sustentar uma população economicamente ativa com uma porcentagem baixa como essa”.