Setor de autopeças registra o melhor desempenho desde 2015
O setor de autopeças faturou no ano passado R$ 163,3 bilhões, valor 29,6% superior ao registrado em 2020 e o maior volume de receitas pelo menos desde 2015. Este crescimento, no entanto, foi bastante influenciado pela inflação, segundo o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe.
O IPCA, vale lembrar, avançou 10% em 2021, o que exerceu influência direta para o comportamento dos custos do setor, ao mesmo tempo em que a desvalorização do câmbio em 23% ao longo de 2020 foi em parte absorvida pelas margens de lucro das empresas e, o restante, repassado aos preços no ano passado. Outro ponto que contribuiu foi o fato de a base de comparação ser depreciada, uma vez que quando a pandemia eclodiu no País fábricas ficaram fechadas por até três meses.
Os investimentos também reagiram no ano passado. O setor aportou R$ 2,1 bilhões, quase o dobro de 2020, quando foi injetado R$ 1,1 bilhão. Em dólares também houve forte retomada, pois, os US$ 390 milhões indicam incremento de 82,3%. Para ter uma referência em moeda forte Ioschpe citou o desempenho do setor em dólares, que ao longo do ano passado permaneceu na casa dos R$ 5,50.
Segundo ele, houve boa movimentação com receitas de US$ 30,3 bilhões, alta de 23,8% ante 2020, mas ainda bastante aquém da posição pré-pandemia, em 2019, com faturamento de US$ 38,8 bilhões. Com relação à balança comercial, no entanto, houve deterioração significativa, destacou o presidente Ioschpe. Com US$ 6,5 bilhões em exportações e US$ 17,2 bilhões em importações o saldo ficou negativo em US$ 10,5 bilhões.
Da AutoData