Saúde Mental

Quando se fala sobre saúde mental, pensa-se no equilibrado, triste ou alegre, mas sem extremos. Os doentes são o “doidinho do bairro”, o esquizofrênico, o deprimido.

A depressão foi a doença mental mais famosa no século 19, mas mesmo sendo desde então retratada nas artes e na cultura, ainda hoje há grande resistência no reconhecimento desta.

O trio desilusão, tédio e melancolia era a percepção do deprimido, para o qual as artes traziam o amor como cura. O amor romântico das artes, portanto, necessitava deste sofrimento, para o qual a sublimação era o encontro do par romântico.

O mundo mudou. Viagens intercontinentais agora demoram horas. Comunicação? Instantânea, com vídeo. O amor romântico não é mais “pop”.

O ser humano é um eterno insatisfeito. Ou carente. Nas duas situações a questão é a mesma: mudar o que aí está, ter algo diferente do que tem, melhorar o que funciona. Esta é exatamente uma característica do ser humano, primata que evoluiu de ferramentas rudimentares ao fogo, às armas e à organização político-social.

O tédio vem da imobilidade, da falta de mudança, da falta do novo. A desilusão vem do desconforto de perceber que, ao atingir o estado de coisas que se queria, estas não são como se imaginava. A melancolia aparece quando nada lhe alegra: sair com os amigos, visitar um parente, fazer um simples passeio.

Você estuda, se capacita, aprende sobre assuntos além da sua profissão para ser um excelente profissional. Você galga posições na empresa, perde dias só pensando em como resolver um problema. Mas as pessoas não reconhecem seu esforço, o que reforça os sentimentos aqui tratados. Esses são alguns conceitos para iniciarmos a discussão sobre saúde mental. Semana que vem, continuaremos.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente