Macron agradece votação para impedir avanço da extrema direita

Preocupação das forças políticas já se volta para as eleições legislativas, previstas para junho

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Foto: Divulgação

Com a confirmação de sua vitória, na noite deste domingo (24), o presidente da França, Emmanuel Macron, foi ao Campo de Marte, diante da Torre Eiffel, em Paris, para o discurso de reeleição em tom conciliatório. Pediu para que os manifestantes não vaiassem a adversária, Marine Le Pen, e procurou acenar à esquerda, ao frustrado eleitorado de Jean-Luc Mélenchon, que ficou próximo do segundo turno, com quase 22% dos votos.

Ele se dirigiu àqueles que votaram “não por apoiar minhas ideias, mas para bloquear as da extrema direita”, que avançou na eleição deste ano em relação à de 2017. “Esta noite, não sou mais o candidato de um campo, mas o presidente de todos”, afirmou Macron. No discurso, o presidente declarou ainda que seu projeto é “fazer da França uma grande nação ecológica”: “Vocês escolheram hoje um projeto ambicioso. Um projeto europeu, social e ecológico, baseado no trabalho e na criação”.

Resultado com quase 97% das urnas apuradas apontava quase 17,5 milhões de votos para Macron (57,41%), ante 12,9 milhões para Marine Le Pen (42,59%). As abstenções totalizavam 27,63%. Os votos em branco eram 6,43% e os nulos, 2,30%.

Em rápido pronunciamento, Marine Le Pen já mirou as eleições legislativas, previstas para junho. Por sua vez, a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, falou em rede social sobre “reconstruir uma nova esquerda”, contra uma extrema direita que “nunca esteve tão perto do poder”.Também por meio de rede social, a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, cumprimentou Macron. “Juntos, vamos levar a França e a Europa adiante”. Já a presidenta do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destacou que o continente precisa de uma “França forte” para enfrentar “os desafios de um mundo ainda mais incerto e perturbador”.  

Da CUT.