1º de Maio de retomada das ruas na luta pela reconstrução do Brasil, valorização da vida e da democracia!
Neste próximo domingo celebraremos mais um 1º de maio, o dia internacional de luta dos trabalhadores, data que homenageia os mártires de Chicago, nos Estados Unidos, que saÃram à s ruas para reivindicar uma jornada diária de oito horas de trabalho em 1º de maio de 1886. A manifestação foi duramente reprimida com uma centena de presos e quatro lÃderes foram processados e condenados à morte.

Neste 1º de maio, temos muito pouco a comemorar. Desde o inÃcio do governo Temer, iniciamos uma rota de retrocesso social, com o rebaixamento do nÃvel da classe trabalhadora sem precedentes na nossa história por meio de uma série de reformas neoliberais, entre elas a reforma Trabalhista que retirou direitos e favoreceu a exploração e o controle dos patrões sobre os trabalhadores.
A criminalização da polÃtica e a campanha contra a esquerda visavam criar um clima de ódio no paÃs e interromper um ciclo de ampliação de direitos e melhoria das condições de vida da população. O auge desse processo foi a condenação e a prisão do ex-presidente Lula, que liderava as pesquisas de intenção de votos em 2018, cujo processo foi conduzido pelo juiz parcial Sergio Moro, como veio a público pelas denúncias da agência de notÃcias The Intercept Brasil. Inclusive a parcialidade do então juiz foi reconhecida oficialmente ontem pela Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).
Essa campanha de banalização da polÃtica, levada adiante pela direita e extrema direita com a participação da mÃdia comercial e a anuência de setores do judiciário, teve um desfecho trágico para a sociedade brasileira com a eleição de Bolsonaro, em 2018, que mergulhou o paÃs no caos social e na barbárie polÃtica.
O quadro, que já era de recessão econômica, com altas taxa de desemprego e aumento da pobreza, precarização do trabalho e desindustrialização precoce, tornou-se ainda mais grave. Temos mais de 12 milhões de desempregados, sem contar o subemprego, e 34 milhões de trabalhadores que ganham até um salário mÃnimo. O Brasil voltou tristemente a figurar no Mapa da Fome em 2018 e, em 2020, registrou 55,2% da população convivendo com a insegurança alimentar.
Depois de dois anos terrÃveis de pandemia, neste 1º de maio, o espÃrito de luta e combatividade deve estar presente nas ruas em todos os locais do paÃs, nas grandes e pequenas cidades, no campo e na cidade, a fim de demonstrar a indignação da classe trabalhadora com o atual cenário de desmonte dos direitos trabalhistas e da proteção social em nosso paÃs. Direitos que foram conquistados por várias gerações de trabalhadores brasileiros que sacrificaram suas vidas lutando por uma sociedade mais justa e inclusiva.
O caminho das ruas é o caminho da esperança e da retomada da soberania popular, do resgate dos nossos sonhos e do nosso futuro como nação, capaz de promover o bem-estar social para toda a população.
A superação do autoritarismo vigente que roubou nossos sonhos, destruiu nossos direitos e plantou o ódio só será possÃvel com a nossa mobilização permanente em todos os espaços de luta em defesa de um modelo de democracia que reflita os anseios populares e a valorização da vida.
Viva o 1º de maio dos trabalhadores! Pela reconstrução do Brasil! Pela democracia! Pela valorização da vida!
Diretoria dos Metalúrgicos do ABC