Em queda: Brasil que já foi a 6ª economia do mundo, em 2011, hoje é a 13ª

Sindicato alerta para prejuízos com as medidas adotadas desde o golpe que vêm destruindo direitos e gerando desemprego

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O Brasil ocupa hoje a 13ª posição no ranking das maiores economias do mundo. A situação é de queda, já que em dezembro de 2011, primeiro ano do governo Dilma, o país havia ultrapassado o Reino Unido e se tornado a 6ª maior economia do planeta. Em 2010, no governo Lula, chegou a 7ª posição, com alta anual de 7,5%, até hoje melhor resultado da série histórica iniciada em 1996.

Se o cenário é de queda em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), é de alta quando o assunto é desemprego. Em 2011 a taxa média de desemprego, segundo o IBGE, foi de 6,7%, a menor da série histórica da pesquisa, originada em 2004. Já no primeiro trimestre deste ano, o índice passa de 11%, chegando a quase 12 milhões de desempregados.

O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, avalia que esses números negativos são resultados das medidas econômicas adotadas pelos governos que se seguiram ao golpe. O dirigente lembra os efeitos nefastos das reformas e da falta de políticas econômicas.

“As políticas neoliberais estão destruindo os direitos e acabando com os empregos. A reforma Trabalhista, com a falsa promessa de que geraria emprego e faria a economia crescer, não passou de uma farsa e gerou mais desemprego. O Brasil precisa de política de geração de empregos, investimentos na indústria, em desenvolvimento, tecnologia e formação profissional”.

“Eles estão destruindo o país e sonham em continuar no poder para destruir o pouco que resta. Mas este é o ano da mudança, é um ano muito importante em que as pessoas podem mudar os rumos do país, não é possível que a população esteja feliz vivendo uma situação tão delicada, procurando ossos e restos de comida no lixo para sobreviver”, reforçou.

Tomada de consciência

Claudionor ressaltou que é preciso que haja uma tomada de consciência da sociedade como um todo para mudar essa realidade.

“Não podemos permitir que o Brasil continue a viver em tamanho retrocesso. O povo precisa de alguém que fale em desenvolvimento, geração de emprego, política voltada para a indústria, diretos, salários. O povo não aguenta mais ouvir falar de miséria, discurso de ódio e intolerância”.

Produção industrial em queda

Em abril, a produção industrial brasileira registrou a terceira queda do ano, conforme dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Setor automobilístico

No setor automobilístico, por exemplo, em 2011, a produção de automóveis no Brasil foi de 3.446.329. Já em 2021 totalizou apenas 2.256.324.

Renda Média

Em 2021, a renda média do brasileiro atingiu R$ 2.447, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, segundo o IBGE.