Brasil fora de jogo

Sem propostas minimamente razoáveis para os grandes temas globais, o Brasil perdeu todo o prestígio e virou de fato um pária internacional. Pela terceira vez consecutiva não participou da reunião de cúpula do G7, grupo das sete principais nações industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), no fórum que aconteceu na semana passada na Alemanha.

Foto: Divulgação

Ao lado da África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal, a Argentina foi o único país da América Latina entre os convidados. Já o Brasil, isolado, sem posição e sem voz para propor ou interferir nas questões globais, sequer tem avançado em acordos bilaterais, fundamentais para o comércio internacional do país.

Os países estão debatendo medidas para acelerar a chamada transição justa para a neutralidade climática no mundo e garantir a segurança energética. O Brasil é o país que melhor teria condições de oferecer soluções sustentáveis para o desenvolvimento e a geração de empregos verdes, empregos ecologicamente decentes.

Na disputa geopolítica com a China, o G7 está propondo um plano de investimentos em infraestrutura para os países em desenvolvimento podendo chegar a US$ 600 bilhões até 2027. Temas como descarbonização, energia e telecomunicações estão em pauta, e mais uma vez, são muitas as oportunidades perdidas pelo Brasil, em meio às muitas tragédias provocadas pelo atual governo.

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