Montadoras perseguem resultados de 2021 no segundo semestre
Falta de semicondutores preocupa apesar da produção de veículos maior em agosto
Ainda sem chips, e em meio a reestruturação do quadro de funcionários e do ritmo das linhas, as montadoras de veículos chegam na reta final do terceiro trimestre lutando para que o nível de produção do ano seja similar ao de 2021, próximo às 2,3 milhões de unidades.
Não está sendo fácil, considerando que as entregas de componentes eletrônicos ainda seguem vacilantes e o alcance da meta estipulada pelas fabricantes depende quase exclusivamente disso. Segundo dados da S&P divulgados durante o #ABX22 – Automotive Business Experience, apenas duas montadoras de veículos leves estão operando neste momento acima da metade da sua capacidade instalada.
Pelo lado das montadoras de pesados também há oscilações nas entregas de chips, o que levou as empresas deste segmento a produzirem menos do que podem em termos de capacidade, como informaram à reportagem, também durante o evento, Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, e Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial.
A falta de perspectiva das entregas de componentes eletrônicos das montadoras também reflete no programa de produção de seus fornecedores sistemistas, que vivem o momento crítico de mãos atadas por não poder interferir no processo de forma a mitigar a grande dor do seu cliente. Na sexta-feira, 9, durante a divulgação do balanço do setor em agosto, o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, voltou a reforçar o quão importante para as montadoras é encerrar o ano no patamar de 2021.
Do Automotive Business