Trabalhadores na Marcolar aprovam mobilização de Campanha Salarial
Luta é por reposição da inflação, aumento real e cláusulas sociais com assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho
Os trabalhadores na Marcolar, em Ribeirão Pires, aprovaram a mobilização por avanços na Campanha Salarial em assembleia na sexta-feira, 9. A luta é por reposição integral da inflação, aumento real e garantia dos direitos por meio da Convenção Coletiva de Trabalho.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, colocou em votação a proposta de paralisação da produção nas fábricas, se for preciso.
“A inflação já corroeu o poder de compra dos salários, está tudo caro no mercado. Além do INPC, precisamos ter aumento real porque quando os trabalhadores têm dinheiro no bolso, vão consumir. Vão pagar as contas, mas vão ao mercado comprar algo a mais para as crianças, roupa nova, presente para a companheira ou companheiro. Isso gera demanda, aumento da produção e mais empregos. Já o rico não consome, ele aplica o dinheiro na ciranda financeira”, explicou.
“Em todas as campanhas salariais os patrões choram para dar aumento, estão falando em dividir o INPC, mas com certeza não vão gostar se os trabalhadores dividirem a produção também. Vamos mandar o recado e mostrar que os trabalhadores querem aumento de salário”, afirmou.
Mobilização
O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, contou que as bancadas patronais fizeram as mesmas propostas de parcelamento do INPC.
“Os patrões se juntam a seus sindicatos patronais porque sabem que juntos são mais fortes. E os trabalhadores precisam mostrar que nós somos mais fortes para enfrentar esse desrespeito de proposta. Os trabalhadores precisam estar mobilizados e atentos ao que está saindo na Tribuna para ir para cima. Se a postura dos patrões não mudar nas mesas de negociação, vão ouvir o silêncio das máquinas”, chamou.
Defesa dos direitos
O CSE Sandro de Pádua, o Gringo, alertou sobre a importância de votar em candidatos comprometidos com os direitos dos trabalhadores. “Tem candidatos pedindo votos na porta de fábrica que votaram contra os trabalhadores na reforma da Previdência e Trabalhista. Prestem atenção, pesquisem quem realmente vai lutar pelos nossos direitos”, disse.
A CSE Maria José Pimentel dos Santos, a Masé, reforçou a necessidade do voto. “Sofremos ataques constantes que foram aprovados no Congresso. Por isso, além de votar consciente, temos que defender a nossa Convenção Coletiva, que garante direitos e protege dos ataques que a reforma Trabalhista permite”.