Participação dos modelos 1.0 atinge 59,5% em agosto

Aumento tem a ver com maior oferta de motor turbo de baixa cilindrada nas gamas de SUVs

No embalo da maior demanda por SUVs e da oferta crescente de motores turbo alimentados de baixa cilindrada nas gamas desse tipo de produto, o segmento de modelos 1.0, que já chegou a ser conhecido como o de carros populares, não para de ampliar participação no mercado brasileiro.

Dados da Anfavea indicam que esse foi o único segmento por motorização entre os automóveis a expandir vendas de janeiro a agosto deste ano, com total de 507,1 mil unidades, 21,7% a mais do que as 462,8 mil comercializadas no mesmo período do ano passado. Houve queda de 21,3% nos emplacamentos de veículos com motorização acima de 1.000 até 2.000 cm³, de 564,5 mil para 444 mil, e de 6% nos relativos aos carros com motor acima de 2.000 cm³, de 19,5 mil para 18,3 mil.

A partir desses desempenhos e do total de 963.254 automóveis vendidos nos oito meses, a fatia dos modelos 1.0 subiu de 43,7% em 2021 para 52,3% no acumulado de 2022. O porcentual tem crescido mês a mês e atingiu expressivos 59,5% em agosto. No mesmo mês do ano passado era de apenas 37,8%. As participações das motorizações até 1.0 e de 1.0 a 2.0 praticamente se inverteram no intervalo de 12 meses. Nesse segundo caso, ficou em 38,9% em agosto. O motor 1.0 surgiu no Brasil em 1.990 a partir de decisão governamental de reduzir impostos para veículos do gênero.

Na época com potência em torno de 48 cc e criticado por muitos pelo baixo desempenho, muita coisa mudou nestes mais de 30 anos e hoje ele mais do que o dobrou de potência. Ganharam espaço, entre outras tecnologias, a injeção direta de combustível, comando variável de válvulas e o turbocompressor. Com isso, o motor 1.0, antes disponível apenas em hatchs compactos, passou a equipar os SUVs aqui produzidos. A maioria das montadoras têm hoje a opção 1.0 turbo 3 cilindros.

Do AutoIndústria