Trabalhadores estão mobilizados para a Assembleia Geral de Campanha Salarial
Hoje, às 18h, é dia de a categoria definir os rumos das negociações com as bancadas patronais
Em assembleia conjunta na manhã de ontem, que reuniu as empresas Apis Delta, Metalpart, Delga, Legas Metal, Milling e Brasmeck, e na parte da tarde na TTB, todas em Diadema, os trabalhadores e as trabalhadoras aprovaram a disposição de luta para a Assembleia Geral de Campanha Salarial, hoje, às 18h, em frente à Regional Diadema que definirá os rumos das negociações com as bancadas patronais.
Os dirigentes também conversaram com a companheirada sobre as eleições e a necessidade de eleger um presidente da República e um governador comprometidos com as pautas da classe trabalhadora.
“Na Assembleia Geral é fundamental a presença de cada um e cada uma. Tem grupo patronal que não faz a proposta decente, mas quando os patrões veem a rua lotada, eles sentem a pressão e percebem que é hora de rever porque percebem que os metalúrgicos não estão de brincadeira”, avisou o secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira.
O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, lembrou que é hora de cruzar os braços caso a proposta não seja justa. “Se as bancadas patronais não derem o retorno positivo que esperamos ou que seja possível de aceitar, temos que cruzar os braços. A inflação já corroeu nossos salários e os empresários já repassaram para os produtos deles. Vamos lotar a rua da Regional e fazer uma grande assembleia”.
Dissídio é na justiça
O coordenador de área, João Paulo Oliveira, explicou o termo dissídio. “Dissídio é quando a negociação termina na justiça, o que era muito comum no passado quando o governo não aceitava a representação dos trabalhadores. Também por isso ocorreram as lutas aqui no ABC por aumento. O que estamos fazendo é uma Campanha Salarial para garantir nosso reajuste”.
O coordenador de área, Gilberto da Rocha, o Amendoim, defendeu que a mudança só vem por meio da política. “Essa é a hora, não podemos nos dar ao desfrute de passar por mais um aprofundamento da reforma da Previdência, da reforma Trabalhista”.
Apis Delta
A CSE na Apis Delta, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, ressaltou a importância da luta pela igualdade entre mulheres e homens e destacou a Convenção Coletiva de Trabalho. “Temos que dar o recado aos patrões e lutar pelas cláusulas sociais garantidas pela Convenção. Estamos vendendo a nossa força de trabalho, não a nossa dignidade. Vamos à luta”, disse.
A CSE Cláudia Alexandra Rodrigues chamou a atenção para a unidade e também da importância de sindicalização. “A luta não é só dos dirigentes, é de todos nós, temos que reunir as forças para avançar nas nossas conquistas”.
Metalpart
O CSE Cleiton Castro Pinheiro falou sobre o momento atual. “Ser de direita ou de esquerda não tem nada a ver com religião, tem a ver com o poder econômico, de a gente poder comprar arroz e feijão. A precarização do emprego é a nova escravidão. Chegou a hora de fazer a diferença”.
Legas Metal
“Esse governo vem falando de ter direitos ou emprego. Queremos direitos e emprego. Temos direito de ter dignidade, de acreditar e lutar por dias melhores. Os direitos que temos não foram os empresários que deram, tudo foi conquistado com luta”, disse a CSE Aparecida Maria de Melo Santos, a Cida.
Delga
O CSE na Delga, Diego Goulart Santos Ribeiro, falou que todos os assuntos da sociedade convergem na política. “Temos duas palavras, a primeira é a ‘reflexão’, saber para onde pretende ir e qual país vamos deixar para os nossos filhos. E outra palavra é a ‘empatia’, de sempre se colocar no lugar do outro. Queremos uma divisão justa, ser respeitado enquanto classe trabalhadora”.
TTB
O CSE Vagner Gomes Mendes, Vagnão, lembrou como os direitos trabalhistas estão em jogo nas eleições. “Quando vocês votam no candidato que está contra os trabalhadores, estão votando contra a Campanha Salarial, contra os direitos trabalhistas e a Previdência de vocês. Não é justo apoiar um candidato que rasga os direitos e depois cobrar o Sindicato, sendo que agora têm a faca e o queijo na mão”.
“Temos que estar presentes na assembleia para votar ou reprovar a proposta de Campanha Salarial. Nosso reajuste é negociado com os sindicatos dos empresários, a empresa só dá aumento se tiver luta”, reafirmou o CSE Audálio Gonçalves da Silva, o Lampião.