Europa não terá combustível sintético para toda frota

A União Europeia busca alternativas para a redução das emissões veiculares e também na cadeia produtiva de combustíveis, sendo os sintéticos uma aposta para manter os motores a combustão por mais tempo e até para preservar a frota circulante do continente.

No entanto, um levantamento da Transport & Environment, apontou que a cadeia produtiva de combustíveis sintéticos é incapaz de atender a demanda europeia com gasolina e diesel feitos sem uso de derivados de petróleo. O levantamento apontou uma situação grave, onde todos os atuais fabricantes de sintéticos, sejam eles de produção livre de carbono ou não, atenderiam somente uma fração da frota de veículos da Europa em 2035.

O cálculo aponta para apenas 5,238 milhões de veículos, sendo que atualmente a frota europeia é composta por nada menos de 287 milhões de carros. Se considerar somente os fabricantes de combustíveis sintéticos sem emissão de CO2, o percentual cai ainda mais e o volume de carros atendidos tem um corte enorme.

Yoann Gimbert, um dos analistas de mobilidade elétrica da Transport & Environment, diz que os chamados e-combustíveis consumiram boa parte da energia usada por outros setores da economia europeia. Deve-se lembrar que a Europa seguirá por muito tempo com baixo consumo de gás russo, podendo até mesmo ficar completamente sem ele nos próximos anos. Isso agravaria a situação da produção de e-combustíveis que usam energia das redes nacionais, diferente daqueles que utilizam energia renováveis, como a eólica.

Do Notícias Automotivas