CEO da Toyota acha que metas para elétricos serão difíceis de cumprir
Executivo da marca japonesa acha que os veículos elétricos precisam de mais tempo para se tornarem populares
Em agosto de 2022, a agência ambiental California Air Resources Board (CARB) votou para proibir a venda de carros com motores a combustão no estado da Califórnia a partir de 2035. Durante uma recente mesa redonda na mídia, o presidente da Toyota, Akio Toyoda, comentou sobre a regra e estava incerto sobre o cumprimento das exigências.
“Realisticamente falando, parece bastante difícil realmente alcançá-los”, disse Toyoda através de um intérprete no evento, segundo a agência de notícias Reuters. O executivo entrou um pouco mais em detalhes durante uma apresentação aos revendedores. “Mas, assim como os carros totalmente autônomos que todos nós já deveríamos estar dirigindo, os veículos elétricos vão levar mais tempo para se tornarem populares do que a mídia gostaria que acreditássemos”, disse Toyoda.
Toyoda não é o primeiro executivo da montadora a expressar essa preocupação com a proibição da Califórnia. “Acho que o mercado não está pronto. Não acho que a infraestrutura esteja pronta. E mesmo que você estivesse pronto para comprar um, e se você pudesse arcar com isso… eles [os carros elétricos) ainda estão [com preços] muito altos”, disse Jack Hollis, vice-presidente de vendas da Toyota na América do Norte.
A Toyota é a montadora mais vendida na Califórnia, de acordo com a Reuters. Portanto, a empresa tem boas razões para contar com os modelos eletrificados para vender por lá até 2035. A fabricante também está trabalhando nesses veículos. Prova disso é que a Toyota está investindo US$ 5,6 bilhões na produção de baterias nos Estados Unidos e no Japão. Desse montante, cerca de US$ 2,5 bilhões vão para a fabricação de baterias da Toyota na Carolina do Norte. O primeiro destes pacotes deve chegar entre 2024 e 2026.
Do Motor1