Europa: Bruxelas relaxa Euro 7 e gera críticas

A temida Euro 7 não será assim tão mais ameaçadora para os fabricantes de veículos da Europa. O motivo é que a Comissão Europeia decidiu passar um pano nas recomendações do próximo estágio da norma ambiental do continente. Criticada pelos fabricantes de veículos, a sétima fase das regras de emissão de poluentes na Europa teve a proposta original rejeitada em Bruxelas, o que está gerando enorme quantidade de críticas de especialistas e ambientalistas.

O próximo nível de restrições ambientais estava gerando certo pânico em alguns fabricantes, enquanto a eletrificação seguia seu curso, porém, a Comissão Europeia decidiu que a Euro 7 seria pesada demais para as condições geopolíticas atuais. Ou seja, em virtude do corte de gás russo, da Guerra da Ucrânia e da aproximação do inverno europeu, que ampliará a inflação e agravará a crise energética no continente, a Comissão Europeia mudou as regras da Euro 7.

Suavizada, a nova Euro 7 apenas equiparará as emissões de carros diesel aos dos automóveis a gasolina, ficando estes isentos de melhora na redução de emissão CO2, NOx e particulados. Para a Transport & Environment (T&E), por exemplo, a ação deverá manter, pelo menos até 2040, 100 milhões de carros poluidores (Euro 6) nas frotas do continente.

A norma Euro 7 original previa reduzir de 60 para 30 mg/km a emissão NOx e de 4,5 para 2,0 mg/km no caso de particulados. Contudo, os preços dos carros a gasolina subiriam 0,8%, enquanto os carros diesel teriam os preços elevados em 2,2%. Introduzido em 2013, antes do Dieselgate, o Euro 6 reduziu em 22% a emissão de NOx para carros e em 36% para caminhões e ônibus, enquanto em particulados, a redução foi de 28% e 14%, respectivamente.

Do Notícias Automotivas