Setor de Autopeças deverá reduzir investimentos em 2023
No ano que vem os investimentos das empresas fabricantes de autopeças deverão ficar 13% inferiores aos deste ano, estima o Sindipeças. A entidade aguarda a injeção de R$ 2 bilhões em 2023, enquanto que 2022 deverá terminar com R$ 2,3 bilhões, R$ 300 milhões a menos. Em dólares a retração prevista é a mesma em termos porcentuais, de US$ 440 milhões para US$ 380 milhões.
Segundo o presidente Cláudio Sahad se deve à perspectiva de recessão mundial e também do baixo crescimento da economia brasileira aguardado para 2023, de 0,5% a 1%, estimulado também pela alta taxa de juros. O cenário é de manutenção da Selic em 13,75% ao ano até meados do ano que vem, sendo que, quando houver a diminuição esperada a partir do segundo semestre, para 11,75%, a taxa ainda estará em dois dígitos.
O fim do ciclo de investimento de diversas companhias para adotar a tecnologia do Euro 6, adicionalmente, também contribui para a redução. Em 2022, por exemplo, o volume injetado de R$ 2,3 bilhões ficará 9,5% acima ao de 2021 e será mais do que o dobro de 2020, mas ainda estará aquém dos R$ 2,5 bilhões de 2019.
Por outro lado, ponderou Sahad, as montadoras deverão anunciar, no ano que vem, novos ciclos de investimentos a partir de 2024, o que poderá estimular aportes em anos posteriores. Quanto ao faturamento do setor de autopeças para este ano a projeção é de R$ 177,5 bilhões, alta de 8,5% frente a 2021. Para o ano que vem a receita esperada é de R$ 188,4 bilhões, incremento de 6,1%.
Do AutoData