Stellantis atrela hibridização a desenvolvimento local
Sistema híbrido leve será o primeiro passo de amplo cardápio da montadora aqui
A Stellantis não tem — tanta — pressa para ter veículos híbridos fabricados no Brasil. Mas, para chegar à meta de alcançar 20% de eletrificados vendidos no mercado interno em 2030, a montadora, que aqui congrega quatro marcas com produção nacional, tem trabalhado discreta, mas incessantemente no desenvolvimento de motorização híbrida flex.
Carros híbridos que utilizam conjuntamente um motor elétrico e outro movido a álcool e gasolina em qualquer proporção já não são novidades. A Toyota, por exemplo, vende o Corolla com a tecnologia há três anos. Então qual a dificuldade da Stellantis? João Irineu, Diretor de Compliance de Produto e Regulamentação da Stellantis, responde com ênfase: “Queremos ter tudo desenvolvido e fabricado aqui”.
O executivo diz que a montadora, líder em vendas no Brasil e América do Sul, trabalha com o horizonte de oferecer um amplo leque de soluções eletrificadas fabricadas na região, de híbridos leve ou híbrido plug-in a até mesmo, lá na frente, quando o mercado estiver suficientemente desenvolvido, os totalmente elétricos a bateria e, por que não?, a célula de combustível a álcool.
Importar parte ou o sistema completo é uma estratégia totalmente descartada pela Stellantis, assegura Irineu. A montadora vê no desenvolvimento local maneira de manter saudável parte de sua base local de fornecedores, que naturalmente terá enorme desafios com a ascensão dos carros eletrificados e elétricos. A produção local também atenuaria potenciais riscos logísticos para o fornecimento em larga escala no futuro e, paralelamente, poderia resultar em custos menores, fator fundamental em um mercado de menor poder de compra.
Do AutoIndústria