Começa rodada de negociações e GL não demonstra interesse em manutenção da fábrica em Diadema
Sindicato deixou claro que proposta oferecida não contempla as expectativas dos trabalhadores, que a rejeitam após mobilização na base
Os Metalúrgicos do ABC deram início na última segunda-feira, dia 13, à rodada de negociações com representantes da GL Legrand, em Diadema, para avançar em uma proposta que contemple os 180 trabalhadores e trabalhadoras na fábrica.
A luta segue firme e ratificada em assembleia na manhã de ontem pelos companheiros após anúncio feito pela empresa em 6 de fevereiro sobre a decisão unilateral pelo fechamento da planta a partir do próximo mês de março.
De acordo com o coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, mediante a intransigência da direção da empresa, o Sindicato deixou claro que a proposta de aporte financeiro oferecida pela mesma não contempla as expectativas dos trabalhadores e foi rejeitada após mobilização na base.
“O que a GL oferece pelo fechamento está muito aquém do que os trabalhadores esperam, que é a manutenção da empresa e dos empregos. Como a fábrica insiste no fechamento, o mínimo que os companheiros anseiam é a responsabilidade social por parte da mesma”, declarou o dirigente.
“Claro que a nossa luta sempre é pela manutenção da fábrica, mas com o posicionamento irredutível da GL, não podemos permitir que companheiros sejam ainda mais prejudicados nesse processo. Seguimos fortes na luta, alertas e mobilizados”, disse.
O coordenador de área, Gilberto da Rocha, o Amendoim, afirmou que os trabalhadores sabem o que fazer para a manutenção da luta até chegar a um entendimento.
Alerta
Na manhã da última sexta-feira, dia 10, Amendoim e membros do CSE na GL, estiveram na porta da fábrica para a entrega da Tribuna na Mão. Na ocasião, alertaram os trabalhadores com informações sobre a última plenária, ocorrida um dia antes na Regional Diadema.
“É importante que todos os trabalhadores estejam bem informados e atentos aos chamados do Sindicato aos próximos passos de luta. Seguimos atentos a cada detalhe da proposta e contamos com a participação de todos e todas para fortalecimento nas negociações”, disse Amendoim.
“Desde novembro do ano passado, quando aconteceram demissões e o Sindicato fez a intervenção, em nenhum momento a fábrica falou da intenção de encerrar as atividades em Diadema. O capital nunca se contenta em ganhar muito, eles querem ganhar tudo e com isso acabam tratando da forma mais desumana possível o seu conjunto de trabalhadores e trabalhadoras”, declarou.