Volvo defende isenção de importação de elétricos com compromisso de investimentos
Enquanto estrutura, com testes em clientes com seu FM elétrico e com o seu chassi BZL em capitais, sua operação para venda de caminhões e ônibus elétricos no Brasil a Volvo pede que, durante estes primeiros passos, seja mantida a isenção de imposto de importação para modelos elétricos.
Wílson Lirmann, presidente para a América Latina, deu a sua opinião sobre o assunto, que entrou no radar após a Anfavea questionar a manutenção do imposto zero para elétricos importados na última entrevista coletiva à imprensa: “Precisamos de um período de transição para provar a viabilidade destas tecnologias. O veículo elétrico tem custo alto e demanda uma infraestrutura que ainda não está pronta. Um imposto zerado com compromisso de investimento seria uma alternativa”.
No caso da Volvo, porém, há um fator complicador: o seu FM elétrico, um cavalo mecânico, não tem isenção de importação: “A isenção está valendo apenas para os caminhões rígidos. Os cavalos mecânicos ainda pagam 35% de imposto. Defendemos também a isonomia para todos os produtos, com imposto zerado para quem se comprometer a investir”.
Lirmann disse ainda que é preciso uma alteração nas regras de conteúdo local para que a produção dos elétricos seja viável. Segundo ele a composição de componentes não é a mesma do veículo diesel: “Uma questão crucial são as baterias. Podemos montar os packs aqui, mas as células não serão produzidas. Nós nos integraremos a uma cadeia global pois não será possível produzir 100% de um caminhão elétrico no Brasil”.
Da AutoData