O Brasil na China

Com a missão de estreitar as relações entre os dois países e reverter os impactos negativos dessa relação, claramente negligenciada pelo Brasil em todo o período do governo anterior, o presidente Lula volta da China com resultados relevantes.

Foto: Ricardo Stuckert

Na bagagem, a comitiva brasileira retorna com cerca de 40 acordos envolvendo os dois governos nacionais, governos subnacionais (a exemplo do governo do Ceará) e diversas empresas brasileiras e chinesas.

A China não é um parceiro comercial que se possa ignorar. O mercado chines, além de contar com uma população de 1,4 bilhão de pessoas, tem uma economia que vem crescendo em média 9% ao ano desde 1978, tirando mais de 800 milhões de pessoas da linha da pobreza. O país asiático é o principal parceiro econômico de outros 120 países, incluindo o Brasil. Desde 2009, a China é a principal parceira comercial do Brasil, alcançando 150 bilhões de dólares em fluxo comercial por ano, e gerando US$ 28 bilhões em saldo positivo no ano passado.

Dentre os principais produtos que exportamos à China, a soja ocupa o primeiro lugar com 36% do valor total das exportações, seguido de minério de ferro (20%) e de óleos brutos (18%). Do lado das importações vindas da China, trazemos 99% do total em produtos da indústria de transformação. Em resumo, exportamos commodities e importamos produtos industrializados.

Para além dessa faceta do fluxo comercial, o diálogo entre os governos brasileiro e chinês pode ser também essencial para a construção de uma agenda mais complexa de desenvolvimento para o Brasil, no caminho de um modelo com maior capacidade de inovação tecnológica.

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