Covid longa

Elisa Perego é uma inglesa, arqueóloga, pesquisadora, que pegou Covid na Itália. Quando seus sintomas se estenderam por mais de um mês, ela se juntou a outros para cunhar o termo “Covid longa”. No entanto, é mais complicado do que apenas “longa”.

Foto: Divulgação

Covid é causada por um vírus RNA, portanto, não há tratamento específico no momento, apenas a vacina. Após um mês, vários pacientes perceberam a continuidade – ou surgimento – de sintomas bastante incômodos, sendo os mais comuns: fraqueza no corpo e nas pernas, tosse seca crônica, fôlego curto, cansaço intenso, alteração da memória, do olfato e depressão.

Tecnicamente ainda estamos no meio da pandemia. A peste negra durou na Europa quatro anos, mas foi muito mais letal (matou entre 30 a 60 % da população), éramos muito menos (em 1347, a população mundial era de 375 milhões. Hoje, 8 bilhões) e evoluiu em surtos (vários episódios menores no tempo e na quantidade de infectados).

Já existem vários estudos para conhecer melhor a doença, mas por enquanto o que se observa é que a Covid longa não é pela presença do vírus, mas sim pelo estrago que a doença fez.

Isso se mostra também pela melhora, após alguns meses, da maioria dos sintomas. Nesse caso, não existe tratamento específico. Tosse seca? Umedeça as vias aéreas bebendo bastante líquido, xarope expectorante, inalação com soro, pastilha para garganta. Cansaço e fôlego curto? Obrigue-se a alguma atividade física leve todo dia, mesmo que seja só caminhada. Alteração de memória? Leia um livro, e não as redes sociais.

Aviso: existem vários charlatões médicos oferecendo tratamento para Covid longa. São os mesmos que receitavam cloroquina. Fuja deles.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente