Rede de economia solidária anuncia frente ampla no estado de São Paulo

Evento reuniu empreendimentos filiados a Unisol Brasil e a Central dos Movimentos Populares na sexta-feira (12) no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede do Sindicato

Foto: Adonis Guerra

O secretário nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, esteve na última sexta-feira (12) no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede, em São Bernardo, para encontro com empreendimentos filiados a Unisol São Paulo (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) e da CMP (Central dos Movimentos Populares).

A atividade foi coordenada pelo vice-presidente do Sindicato e diretor institucional da Unisol São Paulo, Carlos Caramelo. “Hoje anunciamos a parceria estratégica com a CMP, troca de informações e afinidades na luta para fortalecer ainda mais o movimento da economia solidária e cooperativismo. Lembrando que a Unisol São Paulo faz parte de uma frente ampla já existente que é a Unicopas São Paulo. Com isso, seremos uma das maiores redes de economia solidária e cooperativismo no Estado”, revelou o diretor.

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, agradeceu a participação de todos e todas e afirmou que o Sindicato não é a casa só dos Metalúrgicos do ABC, é a casa de luta dos trabalhadores seja em qual campo estiver lutando: na economia solidária, no movimento operário ou na luta do campo.

Foto: Adonis Guerra

“Quero que o BNDES tenha o mesmo olhar que tem com os grãos, com anúncio de R$ 2 bilhões à disposição do agronegócio, para a indústria e a economia solidária. O atual governo representa o nosso projeto, apoiamos fortemente, mas também temos que dizer os caminhos que tem de seguir”, disse.

Moisés lembrou que os movimentos sociais e sindicais ainda sofrem por um período muito duro. “A luta dos trabalhadores foi muito atacada nos últimos anos e só sobrevivemos porque atrás de cada um aqui existe uma base. O debate é importante, passamos uma eleição difícil em outubro passado e temos que trabalhar muito porque a transformação do país só vai acontecer pelos trabalhadores”.

Governo

Gilberto Carvalho afirmou que o governo federal está empenhado em construir um cadastro da economia solidária e pediu a contribuição da rede participante. “Queremos que o país saiba quantos milhões de pessoas estão envolvidas na economia solidária, qual o impacto real com o crédito que se dá à economia solidária ao PIB nacional, quantas pessoas vivem, qual é a renda que elas têm e, com isso à mão, queremos pressionar as instituições”.

“Estou impressionado como, andando em qualquer canto do país, você vê pulverizadas as iniciativas da economia solidária, as mais diversas formas de cooperativa. Essa retomada pretende dar um salto no sentido de tirar a economia solidária de ser um nicho dentro do governo para se tornar uma política pública efetiva. Para isso, o governo precisa investir, se ocupar com o financiamento da economia solidária, com a disponibilidade de recursos e gente para fazer um trabalho de assistência, organização e formação. Criar e ampliar as redes das diversas iniciativas”, disse.