CUT e centrais sindicais entregam a Simone Tebet propostas para o Plano Plurianual

Pauta da Classe Trabalhadora detalha 63 propostas elaboradas em conjunto pelas entidades. Objetivo é incluir as reivindicações ao PPA Participativo do governo federal

Foto: Roberto Parizotti

A CUT e demais centrais (CTB, Força Sindical, UGT, NCST, CSB, Pública e Intersindical) entregaram na segunda-feira, dia 12, a Pauta da Classe Trabalhadora, que detalha 63 propostas elaboradas em conjunto pelas entidades durante o Conclat (Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras) 2022. O objetivo é incluir as reivindicações ao PPA (Plano Plurianual) Participativo, instrumento criado pelo governo federal que permite à sociedade civil opinar direta e efetivamente sobre os rumos do país.

O PPA está em fase de construção e será entregue ao Congresso Nacional em agosto junto a Lei Orçamentária Anual. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, na capital paulista. “Vocês já fizeram o PPA dos trabalhadores brasileiros”, disse Tebet.

O Plano Plurianual é um documento que está previsto na Constituição de 1988 e é elaborado a cada quatro anos, sempre no primeiro ano de mandato do presidente, que define metas, diretrizes e programas do governo. Em 2023, será feito com apoio aberto da população por meio da plataforma Brasil Participativo.

Mais de 18 mil pessoas participaram até agora das plenárias em 11 estados, enquanto a plataforma Brasil Participativo (brasilparticipativo.presidencia.gov.br) já reúne mais de 165 mil usuários, 176 mil votos e duas mil propostas. Todos os 26 estados e o Distrito Federal realizarão plenárias.

Participação

O presidente da CUT, Sergio Nobre, destacou que a participação da classe trabalhadora será fundamental nas decisões dos rumos do país, com crescimento e emprego de qualidade.

“Após derrotar o fascismo e retomar a democracia, com a vitória nas eleições do ano passado, nossa tarefa é seguir na luta para recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento e do crescimento e, para isso, teremos de comprar e vencer muita briga e nos unirmos cada vez mais nessa construção”, afirmou.

“Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, que agora tem espaço de fala, diálogo e protagonismo por conta de um governo democrático”, concluiu.

Foto: Roberto Parizotti

Sistema tributário

Durante a plenária, Tebet pediu apoio dos dirigentes para aprovação da reforma tributária no Congresso. “Sem crescimento, não há emprego. Sem emprego, não há renda. O Brasil não cresce há três décadas. Como crescer com esse sistema tributário? Só tem uma bala de prata”. Segundo a ministra, é o único caminho para o país crescer de forma sustentável e duradoura.

Tebet comentou ainda sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central nos dias 20 e 21 de junho. Disse que fatores como crescimento do PIB acima da expectativa neste ano e desaceleração da inflação podem proporcionar um “ambiente de conforto” ao Copom para que, ao menos, sinalize queda da taxa de juros na reunião seguinte.

Os Metalúrgicos do ABC, com sindicatos e movimentos sociais, farão protesto nesta sexta-feira, dia 16, com concentração na Sede a partir das 8h, com caminhada pelo centro da cidade de São Bernardo até a Praça Matriz. No dia 20, primeiro dia da reunião que definirá a taxa de juros, o ato será na sede do Banco Central, em São Paulo.