Ato contra a taxa de juros abusiva será amanhã
Concentração será às 8h, no Sindicato, com caminhada até a Praça da Matriz, em São Bernardo
Todos os trabalhadores e trabalhadoras estão convocados para o ato amanhã que marcará o Dia Nacional de Lutas contra a alta taxa de juros e a política monetária praticada pelo Banco Central. A data marca o lançamento da jornada de mobilização chamada pela CUT, demais centrais sindicais, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A concentração será no Sindicato a partir das 8h, com caminhada pelo centro até a Praça da Matriz, em São Bernardo. O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, destacou a importância da manifestação contra a política de juros altos praticada pelo Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo governo Bolsonaro em 2019.
“Os juros não podem continuar no patamar em que estão. A política de juros altos tem sido criticada por setores do meio político, empresarial, economistas, ministros e pelo presidente Lula. A taxa de juros a 13,75% é uma das mais altas do mundo e isso impede o Brasil de avançar na economia, gerar empregos, renda e desenvolvimento”, afirmou.
“A decisão de baixar os juros não depende do governo. É bom lembrar que o presidente do Banco Central foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem independência concedida por ele e aprovada pelo Congresso. Por questões ideológicas, ele não se preocupa com os empregos, com a queda na produção, com a falta de investimentos das empresas nem com o desenvolvimento do país”.
O dirigente reforçou que, além da necessidade de ter linhas de crédito, é preciso que os juros baixem para a economia crescer. Em maio, 87,2% das pessoas estavam endividadas no cartão de crédito.
“Quem ganha com os juros altos é o mercado financeiro, que investe em títulos da dívida pública. Esses deixam de investir em produção para viver de renda. As empresas compram máquinas usando financiamento ao longo de muitos anos e, com os juros como estão, não há investimentos na produção”.
“As pessoas também não conseguem comprar um carro ou uma casa. É urgente que o presidente do Banco Central tenha responsabilidade com o país e pare de atuar contra o desenvolvimento do Brasil e contra povo brasileiro. O presidente do Banco Central, Campos Neto, está sabotando o desenvolvimento do país. Vamos às ruas mostrar a nossa indignação”, concluiu.