Sindicato acompanha debate sobre mobilidade elétrica em Brasília
Evento ‘Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil’ foi organizado pela Anfavea. Metalúrgicos do ABC alertam para defesa dos empregos, produção nacional e descarbonização
O Sindicato tem acompanhado com muita atenção o debate sobre veículos elétricos no país e na última quarta-feira, dia 14, participou do evento ‘Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil’, organizado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em Brasília.
O diretor administrativo dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno, afirmou que a transição vem acontecendo no mundo e o Brasil não pode ficar de fora. “No entanto, essa mudança não pode ser a qualquer custo, sobretudo dos empregos. Por isso, é tão importante a presença e intervenção dos Metalúrgicos do ABC num evento como esse”, alertou.
“Os expositores demonstraram os veículos eletrificados que já estão no mercado, quase todos importados, além de painéis de exposição em que se apresentam desafios, perspectivas e posicionamento de cada empresa sobre o futuro dos veículos elétricos no Brasil”.
O dirigente lembrou ainda que o Sindicato atua em defesa dos empregos, da preservação da produção nacional e em políticas públicas que promovam a pesquisa e desenvolvimento com foco nos potenciais do país, além de parcerias com universidades e centros de pesquisa.
Descarbonizadas
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, diretor-executivo do Sindicato e presidente da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, disse que o debate mostrou que o Brasil tem muito potencial, tanto na cadeia produtiva quanto na capacidade de pesquisa e desenvolvimento, além de destacar a necessidade de um plano nacional de eletromobilidade.
“O objetivo foi também pensar quais são os passos para chegar na eletrificação veicular e como vamos fazer essa transição sem perder a cadeia produtiva atual, explorando o potencial exportador do Brasil e buscando angariar e concentrar as novas tecnologias em solo nacional”, destacou.
Aroaldo ressaltou que as montadoras, os sistemistas e todos os atores do setor automotivo devem se posicionar sobre o rumo da descarbonização. “E, por mais que o foco fosse a eletrificação, foram discutidas todas as rotas tecnológicas. O encontro mostrou que as montadoras têm orientações diferentes de suas respectivas matrizes, expectativas e anseios. Precisamos dialogar sobre isso”.
“Já temos uma cadeia produtiva constituída, com capacidade em pesquisa e desenvolvimento, então temos que explorar esse potencial, ainda mais tendo uma matriz energética limpa. Isso força a discussão para que, de fato, tenhamos um plano nacional de eletromobilidade para pensar quais os passos para chegarmos na eletrificação veicular e como será feita essa transição”.