Carro popular: veja o quanto cada marca usou dos créditos do governo
Governo concedeu R$ 800 milhões para o pacote do carro popular; Fiat e Jeep foram as marcas que utilizaram a maior parte dos créditos
No começo de julho, o governo federal anunciou o fim dos descontos do decreto para o carro popular. A medida durou cerca de um mês e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou a tabela com os valores utilizados por cada marca durante o programa de incentivo. Ao todo, o governo liberou R$ 800 milhões para automóveis com a Medida Provisória 1175/23.
Entretanto, deste total, R$ 650 milhões foram destinados às montadoras. Assim, os R$ 150 milhões restantes cobriram a falta de arrecadação de impostos como IPI e PIS/Cofins, por exemplo. Agora, como já noticiado pelo Jornal do Carro, restam créditos apenas para caminhões e ônibus. Cabe lembrar que, durante a medida, houve uma adesão maciça das montadoras, que rapidamente baixaram as tabelas dos seus carros.
Pelo programa federal, os descontos iam de R$ 2.000 até R$ 8.000, conforme algumas regras. Por exemplo, apenas os modelos com preço de até R$ 120 mil ficaram elegíveis ao crédito. No entanto, as fabricantes também concederam reduções extras. E reposicionaram alguns modelos, especialmente os SUVs. De acordo com o balanço divulgado pelo governo, a Stellantis foi a que mais utilizou créditos do programa. Ao todo, foram R$ 280 milhões divididos entre as marcas do grupo.
Dessa forma, Fiat e Jeep receberam R$ 230 milhões. Enquanto isso, Peugeot e Citroën ficaram com R$ 50 milhões cada. A Volkswagen, por sua vez, utilizou R$ 100 milhões dos créditos. Inclusive, esse corte de valores fez com que o Polo Track se tornasse o carro mais vendido do Brasil no mês de junho. O modelo superou até mesmo a líder de mercado, Fiat Strada. Por fim, a Renault solicitou R$ 90 milhões, a Hyundai, R$ 80 milhões, e a Chevrolet, R$ 50 milhões.
Do Jornal do Carro