Com menos funcionários, produção de veículos segue estagnada no país
Nível de emprego nas montadoras chegou ao menor patamar dos últimos 11 anos
A produção de veículos no país iniciou o segundo semestre em queda de 16,5% em julho, na comparação com o resultado de julho de 2022, somando 183 mil veículos. Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação que representa as montadoras, o desempenho é reflexo das diferenças produtivas entre os dois momentos. Em julho do ano passado, segundo Leite, a indústria voltava a produzir mais depois de meses a fio sofrendo com a falta de semicondutores nas linhas de montagem.
Já em julho deste ano, um contraste: com os estoques altos, parte das montadoras de veículos leves tiveram de reduzir o ritmo de produção para desmobilizar as unidades em pátio. O presidente da Anfavea não mencionou, mas entra também na conta a redução drástica que a produção de pesados teve no mês e, também, no primeiro semestre, por causa do Euro 6.
Ainda que a produção em julho tenha apresentado um comportamento de queda, o volume produzido no acumulado do ano segue em igual patamar na comparação com o janeiro-julho de 2022. Foram fabricados nos sete primeiros meses do ano 1,314 milhão de unidades, volume que representa levíssima alta de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
De qualquer forma, existem certos entraves no caminho das montadoras. As exportações seguem em queda com enfraquecimento da Argentina, e caíram as vagas de emprego no setor. Os dados da Anfavea sobre o tema, apresentados na segunda-feira, 7, mostram que o nível de emprego é o menor dos últimos 11 anos, com um quadro de 99,6 mil trabalhadores. O quadro menor, no entanto, não preocupa a Anfavea, que tem esperanças de que os investimentos futuros possam gerar novas vagas.
Do Automotive Business