Indústria traça estratégia para eletrificar e tornar veículos sustentáveis
O caminho escolhido para se chegar à almejada eletrificação das frotas de veículos varia de acordo com a estratégia de cada empresa do setor. Como no Brasil o etanol tem um peso importante no mercado (por volta de 30% dos motoristas de carros leves flex optam por esse combustível), essa rota tem embaralhado um pouco os planos de negócios a longo prazo. Na prática, dentro do guarda-chuva da nova tecnologia, existem quatro tipos de arquitetura, que poderão ser montadas de forma flexível, para atender todas as faixas de consumo.
A chamada plataforma Bio-Hybrid tradicional prevê a montagem de um novo dispositivo elétrico multifuncional capaz de fornecer energia mecânica e elétrica, que tanto gera torque adicional para o motor térmico do veículo quanto gera energia elétrica para carregar a bateria adicional de Lítio-Íon de 12 volts, que opera paralelamente ao sistema elétrico convencional do veículo. Na segunda rota, chamada Bio-Hybrid e-DCT, existem dois motores elétricos. A gestão eletrônica do sistema é que vai controlar a operação entre os modos térmico, elétrico ou híbrido.
A terceira plataforma, a Bio-Hybrid Plug-in, conta com bateria de Lítio-Íon de 380 volts, recarregada por meio de um sistema de regeneração nas desacelerações, alimentada pelo motor térmico do veículo ou, por fim, por meio de fonte de alimentação externa elétrica (plug-in). O quarto tipo de rota tecnológica vai resultar em um carro 100% elétrico, que será impulsionado por uma bateria recarregável de 400 volts, seja por regeneração ou por plug-in.
Ao lado da Stellantis (dona de marcas como a Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), montadoras como a Toyota e a Volks, entre as principais, apostam no modelo híbrido, com o uso do etanol, pelo menos no curto e médio prazo. A GM, porém, tem uma estratégia diferente. A gigante americana quer investir de forma maciça na eletrificação de seus veículos, deixando a questão da hibridização um pouco de lado.
Do O Estado de S. Paulo