GWM é favorável aos incentivos fiscais desde que não “desequilibrem a concorrência”

COO da montadora comentou sobre a guerra fiscal com montadoras instaladas no Nordeste e garantiu que planejamento da empresa não foi afetado pelos movimentos da rival

A GWM comemora por antecipação. A montadora celebra vendas que passarão, pela primeira vez em quatro meses cheios de mercado, das 1.000 unidades em agosto. No entanto, além dos festejos, a empresa observa atentamente os movimentos da concorrência – lê-se, aqui, a BYD.

As duas fabricantes de origem chinesa dão seus primeiros passos no Brasil, e olham de soslaio, claro, para o que uma e outra vêm aprontando. Justamente por isso, a GWM monitora de perto os movimentos da BYD, que irá se instalar em Camaçari (BA), e obterá ao que tudo indica incentivos fiscais para, pelo menos, a produção de veículos elétricos.

Segundo Oswaldo Ramos, COO da GWM, as movimentações da BYD na Bahia não alteraram em absoluto o cronograma da GWM. Ademais, Ramos frisou que a companhia é favorável aos incentivos às novas energias, contanto que “não causem um desequilíbrio em termos de concorrência”.

Sobre a fábrica da GWM em Iracemápolis, o COO disse que esta necessita apenas de algumas adaptações em termos de software para encetar a sua operação. “A linha de montagem foi muito bem planejada pelo dono anterior [a Mercedes-Benz]. Ao contrário de fábricas feitas no Brasil para grandes volumes, onde você tem que fazer 100 mil unidades por ano de um mesmo modelo, as marcas premium têm essa natureza de fazer carros mais personalizados. Então, a nossa unidade é muito flexível na montagem final”, comentou.

Do Automotive Business