Macrossetor da CUT debate modelo de política industrial para o estado de SP

Conferência na Praia Grande reuniu entidades para debater as diretrizes e a luta pela reindustrialização

Foto: Adonis Guerra

Entidades que compõe o Macrossetor da CUT realizaram no último dia 25, na Praia Grande, uma conferência para debater as diretrizes da política industrial no estado. A reunião ocorreu pouco antes CECUT (Congresso Estadual da CUT) São Paulo.

O diretor executivo do Sindicato, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC e da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a relevância do encontro que reuniu representantes sindicais de seis ramos de trabalhadores da indústria brasileira.

“A conferência do macrossetor foi de extrema importância para definirmos as diretrizes sobre qual política industrial queremos para o estado envolvendo todos os sindicatos e trabalhadores”.

Foto: Adonis Guerra

O dirigente frisou que São Paulo é o estado que mais sofre com a desindustrialização no Brasil. “Presenciamos nos últimos anos a ausência total de uma política industrial que resultou em perda de postos de trabalho e fechamento de empresas. Temos agora a oportunidade, nessa junção dos sindicatos do setor da indústria, de debater, e o movimento sindical tem protagonismo nesse tema”.

Confederação cutista

Os dirigentes discutiram também a possibilidade da criação de uma confederação cutista que reúna todas essas representações em uma só entidade.

Industrialização em SP

O deputado estadual por SP, Teonilio Barba, reforçou as transformações em relação à indústria no país e destacou o papel de São Paulo.

“Éramos o 25º país em complexidade na indústria no mundo. Caímos para o 50º lugar. O mundo foi se industrializando, agregando valor ao seu produto, enquanto o Brasil foi caindo”, detalhou.

Mesmo com dados negativos em âmbito nacional, o parlamentar destacou a relevância de SP para o país. “A indústria paulista é responsável pela arrecadação de 32,8% de todo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Brasil. É uma indústria forte e significativa”.