Sindicato nos EUA rejeita proposta e mantém greve

Trabalhadores do setor automotivo em Detroit pedem reajustes salariais em torno de 30%

A greve dos trabalhadores das três montadoras de Detroit, nos Estados Unidos, entrou em seu terceiro dia neste domingo (17), sem nenhuma solução imediata no horizonte. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automobilístico dos EUA, Shawn Fain, disse ontem que não se comoveu com a oferta de um aumento salarial de 21% por parte da Stellantis.

“É definitivamente impossível”, disse Fain no programa Face the Nation, da CBS. Os comentários de Fain sinalizam que o sindicato e os executivos de Detroit ainda estão distantes de um acordo. O diretor de operações da Stellantis para a América do Norte disse no sábado que estava “desapontado” com o fato de o sindicato ter rejeitado a proposta, que incluía uma “solução” para proteger empregos em uma fábrica de Jeep ociosa em Illinois.

Michigan, Ohio e Missouri cruzaram os braços na sexta-feira em uma greve parcial que ameaça bilhões em perdas se se espalhar para mais fábricas. O sindicato e as empresas, que também incluem a Ford Motor Co. e a General Motors Co., deverão retomar as negociações nesta segunda-feira.

As companhias oferecem reajustes salariais entre 17,5% e 20%, enquanto o sindicato quer algo em torno de 30%. Esta é considerada a mais ambiciosa ação trabalhista industrial dos EUA em décadas e a primeira vez que o UAW entra em greve contra as três montadoras simultaneamente.

Do Valor Econômico