Trabalhadores na Unitec aprovam mobilização por um bom acordo na Campanha Salarial

Sindicato realiza assembleias para alertar a companheirada sobre necessidade de organização com o objetivo de pressionar as bancadas patronais

Foto: Nario Barbosa

Os trabalhadores na Unitec, em Ribeirão Pires, aprovaram, em assembleia na manhã de ontem, a mobilização para pressionar as bancadas patronais a avançarem nas negociações de Campanha Salarial.

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, ressaltou que todos os anos é a mesma choradeira dos patrões, lembrou que o PIB está em alta e que este ano é preciso conquistar aumento real. “Os economistas estão dizendo que a economia vai crescer ainda mais. Então, nada mais justo do que, além da reposição do INPC, conquistarmos também o aumento real, que faz a economia girar”.

Foto: Nario Barbosa

“O patrão só entende quando mexemos no bolso dele, e isso só é possível quando paramos as máquinas. Vamos atrás deste aumento, mas não vamos conseguir fazer isso sozinhos, temos que nos juntar a todas às empresas da base dos Metalúrgicos do ABC. Resistência é importante, mas ir para cima é fundamental”, reforçou.

O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, destacou a necessidade de união. “Assim como os patrões estão unidos na Fiesp, nós temos que estar unidos aqui, não podemos vacilar. Se o trabalhador não se mobiliza, não tem avanço”.

Foto: Nario Barbosa

O dirigente destacou ainda a importância da Convenção Coletiva que garante direitos e muitas vezes é esquecida pelos trabalhadores. “Se não fosse nossa Convenção Coletiva, depois da aprovação da reforma trabalhista, nossa situação seria horrível”.

“Se vocês não estiverem com a gente, não mostrarem a cara, não vamos conseguir. Precisamos estar juntos e organizados”, completou o CSE na Unitec, Valdir Gomes da Silva.

Rodadas de negociação

Ontem os representantes da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) se reuniram com a bancada patronal do G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa – autopeças, forjaria e parafusos).

Foto: Kelly Fersan

“A negociação segue sem avanços, entendemos que, para avançar, vamos precisar de muita mobilização. Se for preciso, pararemos a produção das empresas para que o patronal entenda que não estamos de brincadeira. Queremos a valorização dos salários e do poder de compra. Até o governo já deu aumento além da inflação no salário mínimo”, afirmou o coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua.

O coordenador de São Bernardo, Jonas Brito, destacou a necessidade de avançar.  “Até agora não tivemos nenhuma proposta que contemplasse nossa pauta. Não há interesse por parte dos patrões em acelerar as negociações, o que mostra a importância das assembleias que estamos fazendo nas portas de fábricas e de organizarmos atos. É hora de intensificar as assembleias e mobilizar o pessoal nas fábricas, só assim vamos avançar”.

Hoje estão agendadas rodadas com o Grupo 2 (Sinaees e Sindimaq – máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos) e com o Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos).