Indústria de caminhões supera ano difícil e tem expectativa positiva para 2024

O setor de caminhões viveu um dos momentos mais difíceis da sua história recente em 2023. Essa foi a ponderação do presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, ao avaliar o desempenho do setor, que sofreu com a mudança da fase do Proconve para a P8, que exigiu a transição para motores com tecnologia Euro 6 e aumentaram o custo de produção e, consequentemente, o preço final dos veículos, reduzindo a demanda.

Para 2024 a expectativa inicial é de crescimento, que deverá ser impulsionada por redução na taxa de juros, pelo crescimento do agronegócio e pelo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. O presidente da Anfavea disse que não sabe se o setor voltará já em 2024 para o volume pré-pandemia, mas que o sentimento é de alta. A produção de janeiro a dezembro somou 100,5 mil unidades, queda de 37,9% na comparação com 2022.

Em dezembro a produção de caminhões registrou uma das maiores quedas no ano, 43,5% na comparação com igual mês de 2022, com 8,3 mil unidades. Na comparação com novembro houve queda de 17,6%. No ano as vendas chegaram a 100,8 mil unidades, volume 14,7% menor do que em 2022. Boa parte foi de modelos Euro 5 que estavam em estoque e representaram 46,7% da demanda total no ano.

Contribuíram para a redução no volume os altos juros para financiamentos, segundo Lima Leite. Em dezembro foram emplacados 10,3 mil caminhões, queda de 17,1% com relação ao mesmo mês de 2022 e avanço de 12,1% sobre novembro, mês avaliado como base baixa de comparação, segundo o presidente. As exportações, assim como os demais segmentos do setor de caminhões, registraram queda de 32,9% com relação a 2022, somando 16,9 mil unidades exportadas. Em dezembro somaram 1,1 mil veículos, recuo de 40,2% na comparação com o mesmo mês de 2022 e de 30,2% quando comparado com novembro.

Da AutoData