Em São Paulo e Brasília, Metalúrgicos do ABC lembram 8 de janeiro em atos pela democracia

Atividades marcaram um ano dos ataques golpistas e cobraram punição também para os articuladores da tentativa de golpe

Foto: Sérgio Silva.

Dirigentes do Sindicato participaram no dia 8 de janeiro dos atos em defesa da democracia que marcaram um ano da invasão na praça dos Três Poderes por golpistas. O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, esteve em Brasília participando do “Democracia Inabalada”, no Congresso Nacional. Já dirigentes e militantes do Sindicato estiveram na Avenida Paulista.

A atividade em Brasília, no dia 8, contou com a presença do presidente Lula, representantes dos Três Poderes e cerca de 500 convidados. O presidente do Sindicato destacou o apreço dos Metalúrgicos do ABC pela democracia e a necessidade de defendê-la sempre.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Estamos aqui representando trabalhadores e trabalhadoras, metalúrgicos e metalúrgicas do ABC porque sabemos bem o que é lutar pela democracia. Afinal de contas, nosso Sindicato fez história contra a ditadura militar e foi fundamental para a redemocratização do Brasil”.

“É papel nosso continuar essa luta em defesa da democracia que é tão importante, tão cara, para o povo de qualquer país. Sabemos, por tudo que passamos, o quanto ela é importante para continuarmos a nossa batalha”, completou Moisés.

Ato em São Paulo

No mesmo dia, nas principais capitais do país, foram realizados atos chamados por movimentos sociais, partidos políticos, organizações sociais, sindicatos e centrais sindicais, entre elas a CUT. Os manifestantes empunharam cartazes que cobravam a punição, não só de quem participou da invasão, mas também dos responsáveis por elaborar a tentativa de golpe.

O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, reforçou a vigilância constante em defesa dos direitos. “A democracia é um processo constante de resistência e luta. Já tivemos período de ditadura no Brasil, foi uma grande mobilização da sociedade, inclusive dos metalúrgicos do ABC, que permitiu a redemocratização. Mas o 8 de janeiro do ano passado mostrou que há aspirações golpistas permanentes. Por isso, é importante a sociedade brasileira, toda a classe trabalhadora, estar em mobilização e constante vigilância para garantir o fortalecimento da democracia e das instituições”. 

Durante o ato, no caminhão de som, o dirigente frisou a relevância de estar nas ruas. “Este ato é extremamente importante e simbólico.  Depois de um atentado grave, criminoso, não poderíamos deixar de estar aqui defendendo a democracia, defendendo inclusive o direito de estarmos nas ruas. Nós, que lutamos tanto pela redemocratização do país, pela conquista de direitos, participamos do ato para mostrar que não vamos nos intimidar com ataques golpistas. Estamos atentos e juntos na resistência e na luta”, finalizou.