Valorizar a Negociação Coletiva e combater as práticas antissindicais

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Foto: Divulgação

Na coluna da semana passada abordamos a importância da Negociação Coletiva como instrumento fundamental de manutenção e ampliação de direitos. A negociação ao promover melhorias de salários e condições de trabalho é um importante instrumento de combate à desigualdade social, de promoção do desenvolvimento social e fortalecimento da democracia. Na coluna de hoje vamos tratar das práticas antissindicais em relação à Negociação Coletiva.

A Negociação Coletiva tem sido alvo de ataque das empresas por ser um mecanismo de proteção e valorização do trabalho. Na era da financeirização econômica, poderosos grupos econômicos pressionam os governos para retirar direitos e afrouxar as legislações trabalhistas, abrindo as portas para o processo de precarização do trabalho como ocorreu no Brasil e em várias regiões do mundo. O neoliberalismo tem sido a expressão política desse processo de acumulação intensiva do trabalho que tem na flexibilização das relações de trabalho e no combate aos sindicatos, uma das suas políticas estratégicas.

Em abril de 2022 foi criado o primeiro sindicato dos trabalhadores de um grande depósito da Amazon em Nova York. Passados quase dois anos da sua criação, a Amazon recusa-se a negociar com o Sindicato. Essa é uma prática antissindical que visa frustrar a expectativa dos trabalhadores sindicalizados e, ao mesmo tempo, enfraquecer o Sindicato à medida que não consegue trazer respostas econômicos para os seus representados. Não podemos permitir que essas práticas se reproduzam e repudiar toda tentativa de conduta empresarial nessa direção. Não há democracia sem o livre exercício da Negociação Coletiva praticada sob o princípio do respeito e da boa-fé entre as partes.

Departamento de Formação