Associação Heinrich Plagge vai investigar outras empresas que colaboraram com a ditadura militar

Alteração no estatuto aumenta abrangência para outras fábricas além da Volks

Foto: Divulgação

Em reunião realizada na manhã de ontem, no Sindicato, os membros da Associação Heinrich Plagge votaram pela alteração do estatuto interno. A mudança permitirá a investigação de outras empresas, além da Volks, que colaboraram com a ditadura militar.

Segundo o presidente da Associação, Tarcísio Tadeu Pereira, há documentos que comprovam a participação de outras fábricas da categoria. “Montamos a Associação porque encontramos grande participação da Volks em cumplicidade com os órgãos de repressão vigiando e perseguindo os trabalhadores. Agora constatamos, com inúmera documentação e pesquisa, que há uma série de empresas que participaram disso”.

Tarcísio reforçou que a alteração atende a um pedido dos trabalhadores de outras empresas e da diretoria do Sindicato. “Chegamos em consenso por bem ampliarmos o raio de ação da associação para atender todos os trabalhadores metalúrgicos que desejarem discutir memória, justiça, verdade e reparação, que são nossos quatro princípios”.

Para o presidente, a maior abrangência representa um importante avanço. “A ampliação da Associação é um avanço. Sabemos da importância de resistirmos com democracia sempre. O 8 de janeiro nos mostrou que é preciso estarmos vigilantes, atentos, manter nossa bandeira da resistência democrática sempre em alto e colocar a defesa do estado democrático de direito como um princípio da luta dos trabalhadores”.