Locadoras pretendem adquirir de 700 mil a 800 mil carros em 2024
Dois fatores reduziram um pouco o apetite das locadoras por veículos 0 KM no ano passado: o programa de descontos do governo, que se estendeu por três meses e as deixou de fora, e a redução das taxas de juros, que fez com que mais clientes buscassem carros novos. Locadoras compraram 590 mil unidades, resultado estável frente a 2022, com variação de 0,1%, o que diminuiu a participação nas compras das montadoras de 30,1% para 27,1%, ou de 2 milhões 180 mil para 1 milhão 960 mil automóveis e comerciais leves.
Para este ano, no entanto, a meta é recuperar a participação e ampliar as compras em dois dígitos, garantiu o presidente da Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, Marco Aurélio Nazaré. O plano a ser posto em prática é o de responder por porcentual de 30% a 35% do total de licenciamentos de 2024, o que significaria de 700 mil a 800 mil veículos, com base na projeção da Anfavea de que serão comercializados 2,3 milhões de automóveis e comerciais leves.
A frota das locadoras chegou a 1 milhão 570 mil veículos leves ao fim do ano passado, quantidade que aumentou em 9,5% quando comparada a 2022, de 1 milhão 430 mil unidades. E 26,2% acima do volume de 2021. A idade média das frotas das locadoras, que terminou 2023 com 18,3 meses, foi reduzida em cinco meses — era de 23,4 meses em 2022. O patamar, no entanto, assemelha-se ao de 2020, de 19,6 meses. Durante a pandemia houve envelhecimento considerável dos veículos a serem alugados, de quase oito meses, quando a idade média chegou a 27,4 meses.
O faturamento das locadoras, considerando apenas a receita obtida com locação, alcançou valor recorde de R$ 44,9 bilhões, que superou em 22% a cifra de 2022, R$ 36,8 bilhões. A demanda por carro de aluguel continuou crescendo em 2023, garantiu o presidente da Abla: o número de locadoras também cresceu 14% no ano passado, para 20,2 mil estabelecimentos. Dados da Abla apontam para investimento total de R$ 66 bilhões em 2023, contra R$ 55,3 milhões em 2022. O aporte médio por veículo ficou em R$ 112,6 mil, frente a R$ 93,6 mil do ano anterior.
Da AutoData