Sindicato participa do Dia de Mobilização em Defesa da Democracia na capital paulista

Movimentos sociais e CUT foram às ruas para manter viva a memória de um golpe de estado, exigir punição aos golpistas de janeiro de 2023 e pelo fim do genocídio do povo palestino

Foto: Adonis Guerra

Os Metalúrgicos do ABC marcaram presença no ato pelo Dia de Mobilização Nacional em Defesa da Democracia, sábado, dia 23, na capital paulista, em frente à Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco. A ação foi organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de partidos políticos.

“Todos os atos são importantes em defesa da democracia, seja pelos acontecimentos atuais ou contra o golpe de 1964, para que as pessoas não esqueçam o que aconteceu e o que significou este atraso ao país em todos os sentidos: na educação, desenvolvimento, economia, de tantas coisas ruins que aconteceram na vida do povo e que nós não podemos mais permitir que aconteça novamente”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira do Nascimento.

Foto: Adonis Guerra

As organizações foram às ruas para manter viva a memória de um golpe de estado no país em 1964, exigir punição para os golpistas que tentaram tomar de assalto o poder nos ataques a Brasília em 8 de janeiro de 2023, além de prestar solidariedade e exigir o fim do genocídio do governo de Israel contra o povo palestino.

Ao destacar a defesa da democracia, lideranças sindicais e dos movimentos sociais levaram a mensagem de que o país não pode viver sob ameaças de golpe e de ataques a direitos sociais e civis, e que a democracia é o maior patrimônio do país.

Defesa

Para Claudionor, não é possível reescrever a história e nem concordar com os que querem reescrever a história como se não tivesse acontecido nada. “A luta em defesa da democracia tem que ser todos os dias, não podemos vacilar. Mesmo após 60 anos, a nossa democracia segue sob ataque. Temos que lutar, com todas as nossas forças, para defender essa conquista que é uma das mais importantes para a classe trabalhadora e de todo o povo brasileiro”.

Faixa de Gaza

Outra bandeira de luta foi em repúdio às ações do governo de Israel, comandado por Benjamin Netanyahu. Após cinco meses de um conflito com o grupo Hamas, mais de 31 mil pessoas já morreram, a maioria mulheres e crianças. A ação do governo israelense tem sido denunciada justamente por se configurar como uma ofensiva desmedida contra o povo palestino na Faixa de Gaza, destruindo cidades, escolas, hospitais, matando inocentes. O governo brasileiro cobra um cessar-fogo imediato desde outubro passado.

Pelo país

Atos também foram realizados em mais 22 cidades brasileiras e no exterior, levando sindicalistas, lideranças de movimentos sociais e de partidos políticos. Em Lisboa, capital de Portugal, na Praça Luís de Camões o núcleo do PT Lisboa organizou uma manifestação que, além das pautas do Dia de Mobilização, também levou às ruas cartazes homenageando Marielle Franco, vereadora carioca assassinada há seis anos.