Metalúrgicos e metalúrgicas aprovam pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024
Em assembleia na última sexta-feira, dia 12, presidente do Sindicato, Moisés Selerges, afirmou que “se não tiver mobilização e empenho dos trabalhadores, não tem vitória”

Os trabalhadores metalúrgicos e metalúrgicas do ABC aprovaram na manhã da última sexta-feira, dia 12, na Sede do Sindicato a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024 apresentada pela FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) na assembleia geral da categoria. Na pauta de luta, a renovação das cláusulas sociais pré-existentes com algumas alterações, renovação da cláusula de seguro de vida e auxílio funeral, contribuição assistencial como custeio da negociação coletiva.
Os companheiros aprovaram ainda na pauta a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, correções salariais pelo índice da inflação acrescido de aumento real, autorização para o Sindicato propor dissídio coletivo, caso necessário, e também para a entidade outorgar a adesão na negociação coletiva de trabalho coordenada pela Federação.

Segundo o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, aprovar a pauta é muito fácil, é só levantar o braço, mas a categoria precisa mesmo de diálogo e, acima de tudo, mobilização para conquistar os direitos. “Por conta das negociações que não se resolveram coletivamente pela Federação em 2023, os acordos acabaram sendo individuais, por empresa, mas os trabalhadores e trabalhadoras da nossa base se mantiveram firmes, unidos e mobilizados até garantir bons resultados”.
Moisés contou ainda que o Sindicato sempre buscou construir um acordo coletivo através da FEM, como um grande guarda-chuva para salvaguardar os direitos dos companheiros da base. “Não existe momento na nossa história, por mais que a economia esteja bem, que os patrões vão, de forma tranquila, nos oferecer um aumento real, uma reposição integral da inflação. Se não tiver negociação, se não tiver mobilização, se não tiver empenho dos trabalhadores, não tem vitória”.
Luta

O presidente da Federação, Erick Silva, lembrou que a pauta deste ano para as cláusulas sociais e convenções coletivas é a mesma garantida em 2022, com a adição ainda das reivindicações dos direitos das mulheres. “A questão de gênero é uma dívida de toda a sociedade”, defendeu.
“O compromisso do calendário de luta da Federação é fechar as negociações o quanto antes. Todos nós referendamos a ideia de que a Convenção Coletiva é o norte, o que garante o mínimo equilibrado para todos os 207 mil trabalhadores representados pela FEM. Esperamos que esse ano o patronal veja com atenção quando receber a pauta e dê resposta para que possamos buscar um acordo coletivo que contemple as cláusulas sociais em todas as convenções de todos os grupos, que é o melhor caminho para todos”.