Sindicato participa de Seminário “Brasil – China: Parcerias para o Futuro”, no Instituto Lula

Metalúrgico do ABC frisou a necessidade de traçar estratégia para a indústria no mundo pós-Covid e pós-crise dos semicondutores

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Dirigentes dos Metalúrgicos do ABC participaram na tarde de ontem, no Instituto Lula, em São Paulo, do Seminário “Brasil – China: Parcerias para o Futuro”. A atividade integra o ciclo de eventos organizado pelo Instituto para fomentar um maior entendimento e diálogo sobre os 50 anos da relação diplomática entre os dois países.

Na pauta, a Iniciativa Cinturão e Rota, a estratégia de desenvolvimento econômico e infraestrutura lançada pelo presidente chinês Xi Jinping, além de investimentos, tecnologia, cooperação internacional e as oportunidades que surgem nesse contexto de transformações.

O evento propôs uma análise aprofundada sobre as implicações da parceria Brasil-China para ambos os países e as perspectivas diante do desafio de desenvolvimento e geração de empregos no Brasil.

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O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, destacou aos presentes que os temas tratados têm muita relevância para os sindicatos, principalmente os ligados à indústria e frisou a necessidade de traçar estratégias.

“Creio que o debate contribui para pensamos nos próximos passos. O mundo, principalmente pós-Covid e pós-crise dos semicondutores, tem passado por uma reorganização das cadeias produtivas. Há um esforço dos países mais industrializados de voltar a concentrar a indústria de maior valor agregado e estamos deixando passar uma oportunidade dentro dessa reorganização”.

Transição energética

Em sua fala, o dirigente também ressaltou a importância da transição energética no processo de reindustrialização. “Estamos vivendo uma transição energética que também abre possibilidade de discutir a reindustrialização do Brasil a partir dos potenciais brasileiros, não necessariamente copiando medidas adotadas em outros países. Precisamos, de fato, discutir qual é a nossa estratégia. Que a China quer o Brasil como parceiro estratégico está muito claro. Agora, não está claro, dentro dessa discussão, o tempo que o Brasil vai conseguir apresentar e desenvolver sua estratégia”.

Relações de trabalho

Wellington puxou o foco para a proteção dos trabalhadores. “Em meio a tudo isso, precisamos garantir a proteção dos trabalhadores, a geração de emprego, a valorização das relações sindicais e, principalmente, como incluir as negociações coletivas dos sindicatos dentro disso”.