Plano de construção de carregadores de carros elétricos fracassa nos EUA
Mesmo com aporte bilionário do governo, apenas oito estações foram erguidas em dois anos de programa
O plano de expansão da infraestrutura de carregadores de carros elétricos nos Estados Unidos se mostra um fiasco. Isso mesmo com um generoso aporte realizado pelo governo. Apesar do investimento de US$ 5 bilhões pelo prazo de cinco anos, apenas oito estações de recarga foram inauguradas após os primeiros dois anos de vigência do plano. Para piorar, estes pontos estão localizados em apenas oito estados, sendo que o plano deveria ter abrangência nacional.
A promessa do governo era de construir estações de recarga a cada 80 quilômetros de rodovias interestaduais. Apesar de ser um programa federal, cada estado tem autonomia para distribuir os recursos recebidos diretamente da Casa Branca. Além disso, as empresas escolhidas por cada estado para construir os pontos de recarga precisam obedecer regras estaduais, o que eventualmente atrasa ou até inviabiliza a construção de novas estações.
Segundo levantamento realizado pelo instituto EVAdoption, 23 estados iniciaram os trâmites para viabilizar a construção dos pontos de recarga. Dez deles concluíram a primeira rodada de candidaturas, sendo que um deles ainda aceita inscrições de empresas interessadas em participar da seleção. Dez estados fecharam uma data limite para inscrições e seis não forneceram um prazo. Entre os estados mais rápidos no processo estão Ohio, Nova York, Colorado e Pensilvânia.
Idaho, Mississipi, Nevada, Carolina do Sul, Dakota do Sul e Wyoming lideram entre os mais lentos. Segundo Loren McDonald, CEO da EVAdoption, o prazo médio para o início das candidaturas até a inauguração da primeira estação de recarga é de dois anos. Com o programa de carregadores de elétricos nos EUA se desenvolvendo a ritmo de tartaturga, McDonald acredita que a maioria dos pontos de carregamento financiados pelo programa de desenvolvimento da Infraestrutura Nacional de Veículos Elétricos esteja operando normalmente apenas em 2027.
Do Automotive Business