Ante concorrência externa, Toyota prega competição justa
Montadora prega que correções sejam com frequência para manter equilíbrio no mercado interno
A invasão chinesa de veículos elétricos no mercado brasileiro fez com que o governo aumentasse o imposto de importação para equilibrar a concorrência dessas empresas com aquelas que mantém produção no país. A alíquota máxima de 35% para híbridos plug-in e elétricos puro que estará valendo em 2026 parece não ter representado uma ferramenta à altura da preocupação das montadoras locais.
A Toyota, por exemplo, afirma que o Programa Mobilidade Mover (Mover), tornou o ambiente mais parelhos entre os competidores, uma vez que equilibrou a disputa em quesitos técnicos. Por outro lado, a montadora, que anunciou R$ 11 bilhões no país na esteira da aprovação da nova política industrial, prega que correções das distorções tem de ser feitas com frequência pelo estado.
Essa preocupação com o equilíbrio, mesmo após a retomada do imposto de importação, de certa forma vem crescendo na indústria na medida em que as vendas de modelos importados segue crescendo apesar da barreira. Segundo dados da Anfavea, a associação que representa as montadoras, no primeiro trimestre do ano foram emplacados no país mais de 14 mil veículos eletrificados importados, volume 73% maior do que todo o volume vendido no segmento em 2023.
Vale lembrar que o imposto de importação passou a valer com alíquota mínima de 12% e 10%, para híbridos e elétricos respectivamente, em janeiro. Essas alíquotas sobem para 20% e 18% em julho, com a expectativa de que o volume de importados no total de vendas de veículos no país estacione em patamar que a indústria local considera como equilibrado. Por outro lado, ganha corpo dentro da indústria o discurso de que talvez isso não aconteça, apesar da elevação gradual do tributo.
Do Automotive Business