Foton tem estudos avançados de fábrica no Brasil

Montadora considera também aproveitar estrutura industrial de parceiras

A chinesa Foton apresentou na segunda-feira, 17, as novas gerações dos caminhões leves e semi-pesado Aumark e Auman para o mercado brasileiro. Junto deles, também o mini caminhão elétrico Wonder. Os três modelos materializam a ambição da montadora, agora com operação própria, depois de mais de uma década representada por parceiro local, de ter papel mais relevante no País.

E bota relevante nisso! Williams Jiang, vice-presidente de Marketing da Foton International, presente ao evento de apresentação dos produtos que chegarão no segundo semestre, foi taxativo: a marca tem o firme objetivo de deter perto de 10% de participação em caminhões leves e semi-leves até 2028 no mercado brasileiro. Algo como 13 mil a 15 mil unidades por ano.

O país, afirma, é considerado estratégico para os planos de expansão global da marca e que envolvem, além de constituição de operações de montagem e comerciais em vários países, também a exportação, a partir da China, de 300 mil caminhões anuais até 2030, sendo perto de 100 mil dotados de novas tecnologias, como híbridos, elétricos e a célula de combustível de hidrogênio.

Na prática, a Foton quer reiniciar sua história no Brasil e galgar vendas bem mais expressivas do que os 247 caminhões vendidos em 2023 e pretende ampliar sua atual rede de concessionárias. Das atuais 30 para 45 casas até o fim de 2024 — e aumentar ainda mais esse número nos anos seguintes. Mas os recursos vão muito mais além e são bem mais ambiciosos. Segundo Jiang, estudos encaminhados e bem avançados indicam como muito factível a produção no Brasil, em fábrica própria, dos caminhões leves e até mesmo, em uma longínqua segunda etapa, da picape híbrida Tunland e da linha pesada de caminhões.

Do AutoIndústria