Europa hesita em impor tarifas aos carros chineses
Maioria dos países avalia os prós e os contras da crescente disputa comercial
Os países da União Europeia estão hesitantes sobre se devem apoiar tarifas adicionais sobre veículos elétricos fabricados na China. A Alemanha, cujas montadoras fizeram um terço de suas vendas no ano passado no país asiático, quer acabar com a sobretaxa, de acordo com uma fonte do governo, enquanto a França está entre os maiores apoiadores.
Mas a maioria dos países do bloco econômico ainda avalia os prós e os contras da crescente disputa comercial, de acordo com uma pesquisa informal da Reuters com governos da UE. A questão será colocada aos membros da UE em uma votação consultiva nas próximas semanas na comissão europeia. A UE iniciou investigação sobre possíveis subsídios concedidos por Pequim aos carros chineses, sem objeção indústria – o primeiro caso comercial desse tipo na história do bloco.
A UE deve confirmar na quinta-feira, 4, tarifas provisórias de até 37,6% sobre marcas chinesas como BYD, Geely e SAIC, além dos modelos da Tesla, BMW e outras montadoras ocidentais fabricados na China. Estas alíquotas farão tais montadoras gastarem bilhões de dólares em novos custos. O que, segundo analistas, pode desacelerar sua expansão europeia.
Os membros da UE também votarão em outubro se a Comissão irá propor tarifas plurianuais no fim de sua investigação. Elas serão vetadas se pelo menos 15 países representando 65% da população do bloco votarem contra a proposta. França, Itália e Espanha, com 40% da população da União Europeia, indicaram que devem apoiar as tarifas. No entanto, República Tcheca, Grécia, Irlanda e Polônia ainda debatem a questão, disseram fontes oficiais e governamentais.
Do Automotive Business