Oropouche

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Foto: Divulgação

Descoberta em 1960, em um bicho preguiça na região Amazônica a febre Oropouche é uma arbovirose (um vírus presente em animais de mata transmitido por insetos ao ser humano) restrita à região amazônica. Transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis (em italico), conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, o vírus causa doença muito parecida com suas primas (dengue, chikungunya, zika, etc): febre, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

Acometimento do sistema nervoso central (meningite) e hemorragias (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer. No caso da Oropouche, há possibilidade de recidivas, ou seja, o retorno dos sintomas da doença de uma a duas semanas após a febre. O diagnóstico é por exame de laboratório, não há vacina e não há tratamento específico.

Agora, estão explodindo casos por todo do Brasil: 7.500 (nove vezes o que foi diagnosticado em 2023) com duas mortes na Bahia, de mulheres jovens. Mesmo sendo muito menos letal que a dengue, a evolução desses dois casos foi rápida, reforçando a necessidade de diagnóstico e cuidados rápidos.

Isso, além a explosão do número de casos diagnosticados, despertou o alerta da vigilância sanitária e tomou os jornais.

E as medidas são as mesmas da dengue: acabe com os criadouros de mosquito!

Departamento de Saúde do Subseção do Dieese Trabalhador e Meio Ambiente