Durante a Sipat, CIPAA na Mercedes apresenta peça teatral focada na prevenção do assédio moral e sexual

Roteiro organizado com a ajuda do pessoal na fábrica abordou questões complexas de forma lúdica

Foto: Divulgação

No último dia 16, durante a Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho) na Mercedes, em São Bernardo, os representantes da CIPAA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente e Assédio) realizaram duas apresentações para os trabalhadores, uma no período da manhã e uma à tarde, de uma peça teatral com foco no tema assédio moral e sexual.

“A peça foi um sucesso dentro da fábrica, todos elogiaram. No evento também resgatamos a importância da CIPAA, lembramos que foi por meio dela que conseguimos estabelecer as comissões de fábrica para organizar o movimento sindical”, frisou o coordenador do CSE na montadora, Amarildo Marques de Souza.

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Conforme explicou o cipeiro Edwald Canavesso, o Ed, que elaborou o roteiro, a peça foi pensada e organizada de forma colaborativa entre o pessoal na fábrica, em conjunto com os cipeiros e a representação sindical. “Percebemos que era preciso ir além das informações passadas de forma virtual, que era necessário pensar em algo que realmente fixasse na cabeça dos trabalhadores, então surgiu a ideia de abordar o assunto de forma lúdica por meio de uma peça teatral. Houve muita colaboração e o resultado foi surpreendente”.

“Ficou o recado de que a representação está atuante nessas questões, e também que nós cipeiros somos um canal de denúncia e temos propriedade para tratar do tema”, completou Rogério Beltran Coelho, o Batata.

Conquista

O coordenador da Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo, trabalhador na Mercedes, Clayton Willian, o Ronaldinho, lembrou que a possibilidade de fazer essa apresentação foi uma conquista da representação. “Essa foi uma conquista nossa porque ano passado a empresa queria fazer a Sipat online. Em 2023 acabou sendo mista, online e presencial, para este ano conseguimos que tudo fosse feito de forma presencial”.

“Na peça não quisemos focar na fábrica e sim no mundo do trabalho de forma geral. Falamos sobre o assédio, racismo estrutural, sempre na visão e na ótica dos trabalhadores, conseguimos tratar de temas pesados de uma forma leve. Temos tido um retorno muito positivo, recebido muitos elogios”, concluiu.